Lady Francisco, Neusa Borges e Wanderley Cardoso estão entre os idosos famosos brasileiros que já sofreram quedas seguidas de fraturas, reforçando que esse tipo de acidente é comum e pode trazer sérias consequências à saúde.
As quedas em idosos representam um dos principais fatores de risco para internações, perda de autonomia e complicações de saúde. Esses casos, quando repercutem publicamente, ajudam a conscientizar sobre a importância da prevenção e do cuidado redobrado nessa fase da vida, destacando a necessidade de atenção médica e familiar para reduzir os riscos associados.
Situações como essa não são exclusivas das celebridades: as quedas estão entre os acidentes mais comuns na terceira idade e podem transformar a rotina de famílias inteiras. Elas não apenas comprometem a mobilidade do idoso, mas também aumentam o risco de complicações graves e até fatais.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre os riscos, prevenção e tratamento das fraturas em idosos, o ortopedista Dr. Fabiano Boa Sorte responde às questões mais importantes.
Por que os idosos estão mais suscetíveis a quedas e quais são os principais fatores de risco envolvidos?
O envelhecimento natural traz múltiplos fatores que aumentam a vulnerabilidade.
“Os idosos têm maior risco de quedas por múltiplos fatores: perda da massa muscular, redução da coordenação motora, osteoporose, excesso de remédios, problemas de visão, hipertensão e diabetes. Mas o fator preponderante é a perda de massa muscular associada ao declínio da cognição.”
Quais são as fraturas mais comuns em idosos após uma queda e por que elas costumam ser mais graves nessa faixa etária?
Algumas fraturas são mais frequentes e apresentam maior impacto na sobrevida do idoso.
“As fraturas mais comuns são as da coluna, do quadril e do rádio distal (punho). Entre todas, a fratura de quadril é a mais grave, pois está diretamente associada ao aumento da mortalidade nos idosos.”
Que medidas preventivas podem ser tomadas em casa e no dia a dia para reduzir o risco de quedas em pessoas idosas?
Pequenas adaptações de rotina podem salvar vidas.
“A prevenção é fundamental. Atividade física regular, especialmente musculação adaptada à idade, é uma das melhores estratégias. Além disso, revisar as medicações para evitar excessos, estimular a parte cognitiva, usar calçados adequados e adaptar a casa — com iluminação correta, retirada de tapetes soltos e instalação de barras de apoio — são medidas simples e eficazes.”
Como deve ser o tratamento e a reabilitação de um idoso após sofrer uma fratura, especialmente no fêmur ou quadril?
A recuperação precisa ser imediata e multidisciplinar.
“O tratamento deve envolver fisioterapia com fortalecimento muscular progressivo e também o tratamento da osteoporose. Nos casos de fratura de quadril ou fêmur, a reabilitação precoce é essencial para reduzir complicações e devolver mobilidade.”
De que forma a prática de atividade física e o acompanhamento médico regular ajudam a fortalecer ossos e músculos, diminuindo o risco de quedas e fraturas?
A musculação e o cuidado integrado são a chave da longevidade com qualidade.
“A atividade física resistida, como a musculação, é a melhor medida para evitar quedas. Ela melhora força e equilíbrio. Associada ao acompanhamento médico, ao fisioterapeuta e ao preparador físico, forma uma rede de apoio que garante maior qualidade de vida e independência ao idoso.”
Sobre o especialista
Dr. Fabiano Boa Sorte – Ortopedista
Fabiano Boa Sorte é ortopedista especializado em cirurgia do quadril, com pós-graduação em Medicina Regenerativa e atuação na Joint Ortopedia, clínica referência em saúde articular. Une técnicas cirúrgicas avançadas com terapias regenerativas, promovendo alívio de dores crônicas, melhora da mobilidade e recuperação eficaz. Reconhecido pela abordagem humanizada e pela estrutura de ponta de sua clínica, transforma vidas com tratamentos personalizados que devolvem qualidade de vida aos pacientes.
Contato: @drfabianoboasorte
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