Em 28 de junho é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, fruto dos protestos que ocorreram em Stonewall, liderados por membros da comunidade, em especial Marsha P. Johnson, com o objetivo de lutar pelos direitos de amar e de ser respeitado como parte de uma sociedade. Em um vídeo recente, Day Limns abriu o coração sobre sua pansexualidade e sobre esta luta, que persiste e resiste.
A cantora conversou com seus seguidores e contou que gostaria de iniciar esta conversa relembrando seus fãs de sua pansexualidade e reforçando sua conexão com os seguidores:
“Pois é… faz um tempinho que eu não dou as caras para trocar ideia com vocês e é uma parada que eu gosto muito de fazer. Mas eu me dei conta que esse é o mês de junho, é o mês do Orgulho e eu não me fiz presente da forma que eu gostaria, então estou gravando esse vídeo pra trocar uma ideia com vocês e me fazer presente. Eu sinto que algumas pessoas talvez tenham perdido o capítulo da minha vida em que eu me assumi uma pessoa pansexual e acho interessante reforçar isso!”.
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Day Limns aproveitou para direcionar a pauta e iniciou sua conversa intimista com um desejo para que, no futuro, existam mais pessoas da comunidade em evidência e o processo de representatividade seja constante: “Mas não é sobre essa minha experiência pessoal que eu quero falar, embora tenha sido muito interessante viver me entendendo dessa forma. Eu espero que nas minhas próximas músicas, nos meus próximos lançamentos, eu consiga falar um pouco mais sobre isso. Mas o meu desejo pra gente é que seja cada vez mais natural a nossa presença em todo e qualquer espaço possível, seja na música, no cinema, na arte de modo geral, na política, na engenharia, na medicina, qualquer coisa, sabe?! Para que a gente possa se ver e ser visto para além de uma letra, numa sigla, para que a gente possa ser chamado pelo nome, sabe, que a gente tem nome, a gente tem endereço!”.
Discussões e Resistência
A voz de “Não Te Quero Mais (Marte)” pontuou a velha discussão da invisibilização de letras, como pessoas bissexuais ou pansexuais, como ela, mas garantiu que isso precisa ser discutido em outro momento com o embasamento necessário para ser compreendido. DAY também fez um apelo: que o amor una a comunidade e não exista opressão dentro da mesma, criando, assim, uma forte rede de apoio entre os membros da comunidade: “Até sei que existe toda uma questão envolvendo a pansexualidade e a bissexualidade. ‘Isso é a mesma coisa,não existe’. O buraco é mais embaixo, eu acho que isso é pauta para outro vídeo que eu nunca vou fazer, muito provavelmente. É só um papo, tá? Gente, não é nada tipo ‘nossa’, sabe?! Outro desejo que eu tenho é que cada vez menos a gente banque o opressor, especialmente uns com os outros, assim, cagando regra de que tipo de coisa é. É um desejo que eu tenho, assim, apesar de a gente ter muitas semelhanças e muitas coisas parecidas, ainda somos seres individuais, então a nossa individualidade tem que ser respeitada. Eu acho que essa tinha que ser a luta principal: para que a nossa individualidade seja respeitada. E é de qualquer pessoa, que eu acho que ninguém ia ficar enchendo o saco de ninguém!”.
Ela finalizou com um recado para fortalecer a resistência no mês mais do que especial:
“Feliz mês do Orgulho para nós! Vamos continuar existindo e continuar vivendo e ocupando os espaços, simplesmente!”.