Na manhã desta quinta-feira (7), uma megaoperação deflagrada pelas autoridades do Rio de Janeiro revelou um suposto esquema criminoso de grande alcance, envolvendo influenciadores digitais com milhões de seguidores e ramificações em ao menos três estados brasileiros. Os investigados são suspeitos de promover jogos de azar online, participar de organização criminosa e cometer lavagem de dinheiro.
Batizada de Operação Desfortuna, a ação mobilizou policiais no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, cumprindo 31 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão nomes conhecidos da internet, como a ex-participante de reality show Bia Miranda e seu ex-namorado, o influenciador Buarque.
A investigação gira em torno da promoção de plataformas de apostas ilegais, como o polêmico jogo “Tigrinho”, amplamente divulgado em redes sociais por meio de promessas de lucro fácil. Segundo a Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), esses conteúdos seduziam seguidores a participarem de um sistema considerado fraudulento e fora da lei.
As apurações indicam que os influenciadores não agiam isoladamente. A polícia aponta a existência de uma estrutura organizada, com divisão de funções entre promotores dos jogos, operadores financeiros e até empresas de fachada, usadas para mascarar a origem dos valores movimentados.
Outro fator que despertou atenção foi o padrão de vida ostentado pelos investigados nas redes sociais. Vídeos e fotos de viagens internacionais, carros de luxo e mansões contrastam com os rendimentos declarados oficialmente, levantando suspeitas junto aos órgãos de controle.
Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelaram movimentações bancárias superiores a R$ 4 bilhões, quantia considerada incompatível com os perfis investigados. Para os investigadores, os dados corroboram a tese de uma rede criminosa complexa, que se aproveita da influência digital para impulsionar atividades ilícitas.
Ainda conforme a polícia, alguns dos investigados mantêm vínculos com pessoas ligadas ao crime organizado, o que amplia a gravidade e o alcance da operação. O foco agora é rastrear todo o fluxo financeiro e desmontar a engrenagem que sustenta o suposto esquema.

A Polícia Civil afirma que continuará monitorando o uso das redes sociais por influenciadores, principalmente aqueles que usam sua visibilidade para divulgar práticas proibidas por lei. A expectativa é de que novas revelações venham à tona nos próximos dias, à medida que a análise dos materiais apreendidos avance.
A Operação Desfortuna é mais um reflexo da crescente preocupação com o uso da internet e da fama digital para fins criminosos, e pode abrir caminho para regulações mais severas sobre o conteúdo publicado por figuras públicas nas plataformas online.
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