Há anos fazendo sucesso na carreira de ator e participando de cenas sensuais, Cauã Reymond conta mais detalhes sobre como são feitas as sequências de sexo de filmes e novelas. O artista reforça a existência do beijo técnico e diz que já fez, inclusive, gravações sem o uso de tapa-sexo – mas tudo tem que ser acordado com a parceira de cena.
“Hoje em dia não existe mais coisa de improviso. A gente está vivendo um momento muito interessante na dramaturgia, onde tudo tem que ser conversado. (…) Tem casais que combinam beijar de língua. Acho que essa conversa é difícil de ter, acho que mais para o final da novela, se estiverem solteiros e tal, pode acontecer”, diz, em conversa
Cauã recorda que já participou de várias cenas de sexo: “Com mulher, com homem… Tem de tudo, você usa o tapa-sexo. Eu nunca gostei da sensação que fica, então eu tento só usar o tape (fita) e é isso. Mas também já fiz sem. (…) Tesão é um negócio que você não pode julgar. O lado erótico de cada um deve ser abraçado, contanto que todo mundo esteja de acordo”, reforça.
Ao ser questionado sobre o ‘controle’ nesse tipo de cena mais sensual, Cauã é enfático e volta a dizer que a conversa com a equipe é primordial para que a sequência seja bem executada e com respeito.
“Quando você é mais jovem, é muito mais difícil essa conversa, mas quando você vai pegando experiência, você conversa com seu parceiro ou sua parceira (de cena), você fala: ‘E aí, como é que vai ser? O que você está pensando? Se incomoda de eu passar a mão aqui?’. E o diretor… É todo mundo junto. Você vai conversando, entendeu? Cada vez mais, é tudo uma conversa, não tem mais muito ‘free style’. Pode acontecer? Pode, mas tem que estar todo mundo de acordo. E é feito todo um ‘passo-a-passo’, porque vocês veem tudo (em uma sequência), mas (na gravação) muda a câmera, muda o ângulo, muda a luz, traz pra cá, ‘cadê o roupão da atriz?’, aí você fica lá esperando”, afirma
Para evitar uma autocobrança, Cauã evita ver suas cenas – sejam elas sensuais ou não. “Não gosto mais de me assistir há dez anos. Um exemplo: se eu produzo um filme, eu sou obrigado a me assistir porque eu faço parte das pessoas vão escolher o corte, como vai ficar a edição. Mas eu naturalmente não me assisto numa minissérie ou numa novela, porque eu me critico muito. Não gosto, eu prefiro não me assistir. Porque eu me sinto muito mais livre para fazer a próxima vez. Eu confio na pessoa que está comigo. Se você é meu diretor e eu falo ‘fiquei inseguro na cena tal’ e você diz ‘não, Cauã, tá ótimo’, é isso, vamos para a próxima”, explica, por fim