“Deus Por Nós” chega para selar esse encontro nas areias de Copacabana

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Quem é fruto das periferias sabe: mudar a realidade da família é meta. E não foi diferente com Akin. Nascido e criado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, filho único de mãe solteira que ainda hoje trabalha como empregada doméstica, Jonas Vieira sempre quis dar um novo rumo à história.

Autodidata, aprendeu a tocar violão, bateria e guitarra, observando os músicos que davam o ritmo aos cultos evangélicos que ia com a tia.

“Sentava na frente pra ficar olhando os cara tocarem e assim, aos 7 anos, aprendi”, recorda.

Estava ali traçada a caminhada que ia na contramão da realidade que ele vivia, na qual a indução natural era de “seguir para o lado errado”.

“Sempre tive cabeça pra escolher o que era certo”, ressalta.

Nas batalhas de rima da região, ele ganhou o apelido de JV e não teve dúvidas: a música era o seu dom.

“Eram batalhas culturais e fiz amizade com a galera do rap. Eu já estava com 18 anos. Trabalhava com jovem aprendiz numa empresa de ônibus”, conta.

Até que JV se tornou Akin…

Um computador em casa e pesquisas no Youtube. Era esse o universo musical do até então jovem que sonhava em cantar profissionalmente. E ele persistiu.

“Comecei a fazer gravações, a pesquisar os locais e maneiras de levar a minha arte”, diz ele.

O nome artístico definitivo veio quando ele conheceu o empresário e produtor Cadu Benin. Muito além do nome, mudou o conceito, o foco, a visão e futuro.

“Deus Por Nós” chega para selar esse encontro. Na faixa, Akin conta com as participações de Kosmiã e Mylena Jardim – vencedora da 5ª edição do “The Voice Brasil” – numa letra carregada de representatividade e atitude.

“O Kosmiã viu um beat no Youtube, de um produtor musical da Eslovênia. Comprei os direitos autorais e fizemos a composição em cima dessa música. Um discurso de onde viemos e pra onde vamos”, completa Cadu Benin.

Disponível em todas as plataformas digitais. “Deus Por Nós” é mais um grito de alerta de artistas pretos independentes das periferias do país.

O CLIPE EM DETALHES

Talento, força e união da periferia rompendo fronteiras. Com esse conceito, muito talento, o fluminense AKIN, o soteropolitano KOSMIàe a mineira MYLENA JARDIM, campeã da 5ª edição do The Voice Brasil, despontam com “Deus é Por Nós”.

Idealizado por Cadu Benin, com direção de JP Maia o clipe de “Deus é Por Nós” conta em sua estrutura com 100% de profissionais pretos. Rodado na Rocinha, maior comunidade da América do Sul, o trabalho visa o empoderamento e a valorização do preto periférico.

A letra destaca a vida, as dores e anseios dos jovens pretos e periféricos. Uma mensagem misturada a um grito de alerta, que nos leva à reflexão: E se não for Deus por nós, quem vai ser pela favela?

DEUS POR NÓS NAS AREIAS DE COPACABANA

A luta do artista independente é diária como a de qualquer trabalhador. E Akin, disposto a fazer acontecer, estendeu uma mega faixa de 15×8,5m nas areias de Copacabana, com o nome do single. A intenção do cantor é única: chamar a atenção para a necessidade de apoio à arte.

Seguir em frente é a meta, afinal, se não for nós por nós, quem vai ser pela favela? E se não for Deus por nós, quem vai ser pela favela?

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Fotos: Pedro Prado  / JP Maia – Divulgação

** A opinião expressa neste texto não é necessariamente a mesma deste site de notícias.

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