As criptomoedas seguem se mostrando confiáveis e atrativas para os brasileiros. Isso quem revela é a pesquisa recente do site de dados Statista em parceria com a Finbold. No levantamento, mais de 30% dos investidores ouvidos revelaram a intenção de comprar criptos durante o ano de 2023.
Imóveis e ações, que sempre são os investimentos mais falados no Brasil, ficaram atrás com 26% e 22%, respectivamente. Até o ouro e a caderneta de poupança, que são ativos que sempre atraem, também não ficaram na frente dos ativos digitais.
De acordo com Diogo Lacerda, sócio proprietário do escritório vinculado a ONIL, empresa de tecnologia econômica que tem se atualizado e lançado novos produtos focados no mercado de ativos digitais para gerar soluções, isso só mostra a evolução do pensamento dos investidores nacionais, que já entendem que a credibilidade do mercado passa por estar parametrizado em pilares macroeconômicos das economias mundiais.
“30% dos brasileiros já trabalham com criptomoedas e ativos digitais. Em 2023 terá um crescimento e valorização nos preços do Bitcoins e Etherium, como consequência das ações dos governos para controlar a inflação. Por isso acredito que os investidores estão olhando tão bem para esses ativos”, explica.
Essa mudança do pensamento dos investimentos, que trocam as ideias de ativos mais tradicionais por mecanismos que estão alinhados com os novos tempos, com certeza tende a trazer evoluções no mercado. Contudo, essa transformação se mostra gradativa e bem lenta. Para se ter ideia, na mesma pesquisa é revelado que quase 60% dos entrevistados declararam ter dinheiro aplicado na poupança.
Para Diogo Lacerda, isso ainda passa pela ideia de que os investimentos mais tradicionais são mais confiáveis e, por ser bem volátil, as criptos podem assustar. Mesmo assim, o especialista afirma que assim como em qualquer investimento, a pessoa que adquire precisa entender e saber utilizar muito bem aquele ativo.
“Quando se trata de Crypto, não há milagres, mas todo o trabalho e análise gráfica da parte dos profissionais operadores de mesas. Então fica impossível alguém dizer, por exemplo, se o bitcoin irá subir ou cair. Porém, aqueles que sabem usar a volatilidade das criptos a favor estarão sempre entregando bons resultados”, revela Diogo.
Vale lembrar que a moeda digital do banco central (CBDC) deve entrar em fase de testes já em 2023, com o lançamento previsto até 2024. Com esse cenário de regulação das criptos, o próximo ano deve ser um forte período de expansão dos ativos digitais no Brasil.
Pensando exatamente nessa expansão, Diogo cita uma das novidades da ONIL para o próximo ano, a Verse Capital, registrado pelo CVM, que visa lançar um dos maiores fundos ligados a criptomoedas no Brasil.