O avanço da Índia na arena dos pagamentos digitais está sacudindo o mundo financeiro, e o especialista em bancos digitais, Charles Mendes, CEO do Bancão SA, não poderia deixar de compartilhar sua visão sobre o impacto desse fenômeno global. Com uma estratégia focada em independência e inovação, a Índia está mostrando ao mundo como reduzir a dependência de gigantes internacionais como Visa e Mastercard — e o Brasil, com o Pix, tem tudo para seguir um caminho similar.
“É um verdadeiro divisor de águas”, declara Charles Mendes. “A Índia provou que é possível democratizar os pagamentos digitais, tornando-os mais acessíveis e econômicos. E o Brasil já tem o Pix como peça-chave para fazer o mesmo. Agora, precisamos dar o próximo passo, integrando soluções que ampliem o uso do Pix não apenas para transferências instantâneas, mas também para crédito e pagamentos cotidianos, de forma ainda mais fluida.”
O sucesso do sistema UPI (Unified Payments Interface) indiano impressiona: com mais de 13 bilhões de transações mensais e uma fatia de 36% do consumo nacional, o modelo está transformando o comércio local. E o impulso dado ao RuPay, sistema doméstico de cartões, tem colocado pressão sobre as gigantes internacionais. A fórmula do sucesso? Baixas taxas para pequenas transações e integração direta com a UPI.
Mendes destaca que o Brasil já possui uma infraestrutura robusta com o Pix, regulada pelo Banco Central, e que o próximo passo é explorar novos usos. “Se adaptarmos o Pix para oferecer opções de crédito instantâneo e já estamos começando a nova era de pagamentos via Pix por aproximação (NFC) em qualquer estabelecimento, o impacto econômico será gigantesco. Imagine o microempreendedor podendo aceitar pagamentos a crédito diretamente no Pix, sem as taxas elevadas dos cartões tradicionais!”
Segundo o especialista, a competitividade no setor financeiro brasileiro só tem a ganhar. “O movimento indiano força empresas globais a se adaptarem, e o mesmo acontecerá aqui. Já temos o Pix Saque, o Pix Troco e o Pix Cobrança. O próximo passo é criar um ambiente onde o consumidor escolha entre pagar à vista ou a prazo, usando o Pix, sem intermediários caros.”
O impacto nas gigantes internacionais é inevitável. Na Índia, Visa e Mastercard já buscam parcerias com fintechs para sobreviver à nova realidade. No Brasil, a ascensão do Pix já reduziu o uso de boletos e TEDs. Mendes prevê um futuro onde as bandeiras internacionais terão que inovar rapidamente para competir com a agilidade do sistema nacional.
“A Índia nos mostrou que o futuro é agora. O Brasil tem a chance de liderar a América Latina nesse movimento de inclusão financeira digital. Precisamos apenas acelerar o desenvolvimento de novas funcionalidades no Pix e garantir que o sistema seja cada vez mais acessível para todos — do pequeno comerciante ao grande varejista”, conclui Mendes.
Enquanto o mundo observa a ascensão do UPI, o Brasil já tem seu motor ligado com o Pix. Agora, é hora de pisar no acelerador e transformar a economia digital do país.Gostou da análise do especialista? Continue acompanhando o Bancão SA para mais insights sobre o futuro dos pagamentos digitais!
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