Raquel Nery de Lima Sabino, de 21 anos, é estudante de medicina e nasceu em Mossoró-RN, mas mora em Extremoz-RN, na região metropolitana de Natal. Com um QI acima da média, ela sempre se percebeu diferente dos outros e foi diagnosticada com autismo grau 2 aos 16 anos. Desde então, Raquel recebe acompanhamento da secretaria de inclusão e acessibilidade da universidade federal onde estuda. A jovem, que sonha em ser uma médica exemplar, mostra sua rotina como estudante e autista em suas redes sociais, que já somam quase 2 milhões de seguidores. Seus vídeos educativos e pessoais ajudam a conscientizar e desmistificar o transtorno do espectro autista.
Raquel sempre foi superdotada e, na escola, era evidente seu alto nível de inteligência, tanto em raciocínio quanto em memória. Ela foi adiantada em dois anos, mas se sentia entediada. No ensino médio, passou a estudar para entrar em uma universidade federal e foi aprovada em Biomedicina aos 17 anos. Depois, trocou para Medicina, curso para o qual prestou vestibular aos 20 anos e continua estudando.
Ao receber o diagnóstico de autismo, Raquel sentiu um alívio, pois pôde entender sua condição e receber o acompanhamento necessário. Ela explica que “o autismo não é uma doença, então não tem cura e não tem como sair do espectro. Porém, é possível intervir precocemente com as terapias e ter cada vez mais independência”. Por isso, ela valoriza o acompanhamento da secretaria de inclusão e acessibilidade da universidade.
Raquel decidiu compartilhar sua rotina e experiência como autista e estudante de medicina nas redes sociais em 2020. A proposta deu certo e ela já soma quase 2 milhões de seguidores no Instagram e no TikTok. Seus vídeos, editados por ela e pelo irmão, abordam conteúdos variados, desde relacionamento até rotina de estudos, e mostram como é ser autista em diferentes contextos. Raquel também fala sobre suas crises e situações constrangedoras para conscientizar as pessoas sobre o transtorno do espectro autista.
Raquel é um exemplo de superação e inspiração para outras pessoas que também enfrentam desafios. Sua motivação é mostrar que é possível superar os limites impostos, seja por uma deficiência ou qualquer outra condição da vida. Ela acredita que seu exemplo pode fazer com que outras pessoas também tentem ultrapassar seus desafios. A história de Raquel é um incentivo para a inclusão e valorização da diversidade na sociedade.
