Durante sua participação no programa Saia Justa, exibido nesta quarta-feira (6) no GNT, o cantor Junior Lima fez um desabafo profundo e corajoso sobre os impactos de boatos que enfrentou durante a adolescência. O artista revelou que os rumores envolvendo sua sexualidade nos anos 1990 e 2000 afetaram profundamente sua autoestima e o levaram a buscar ajuda psicológica por mais de duas décadas.
“Existiram muitos boatos em relação à minha sexualidade na minha adolescência. E isso, para mim, gerou uma série de coisas que, na época, eu não entendia, mas gerou uma insegurança absurda”, contou o músico.
Ele contextualizou que o período em que cresceu era marcado por valores mais rígidos e preconceituosos, especialmente em relação à masculinidade.
“Por ser um homem, principalmente ali no final dos anos 90, 2000, que era completamente diferente de hoje em dia, da consciência de hoje”, completou.
Junior Lima também explicou que sua criação artística e sensível contribuiu para que os boatos ganhassem força na época. Filho da cantora Noely Lima e irmão da também cantora Sandy, ele sempre esteve rodeado por mulheres e ambientes criativos.
“Sempre fui um homem que viveu na arte, que viveu dançando, na música, compondo… É um ambiente extremamente feminino, porque estava o tempo todo com a minha mãe e irmã”, relembrou.
“Tive uma sensibilidade muito aflorada, era um homem simpático, preocupado com as mulheres ao meu entorno. E isso se voltava contra mim. Naquela época, principalmente”.
O cantor afirmou que as consequências dos comentários maldosos o acompanharam por anos e foram tema recorrente em suas sessões de análise.
“Era um período muito machista. Então o que isso gerava em mim, e era sempre à base de fofoca, reflete em mim até hoje. Imagina!”.
Ao longo do tempo, Junior precisou reunir coragem para se manter fiel à própria essência e não sucumbir às pressões externas.

“Foram 20 anos de análise. Eu tive que peitar muita coisa e ser muito corajoso para continuar sendo quem eu simplesmente era, e não negar a minha sensibilidade, a minha empatia que eu sempre tive. Sempre fui muito preocupado com o próximo”, declarou.
Por fim, ele lamentou que o preconceito ainda exista, inclusive dentro do mercado artístico.
“Isso era confundido, sabe? Um cara que se permitia dançar, como assim? E isso me atrapalha até hoje na minha profissão. Tem gente que tem preconceito comigo até hoje”.
A sinceridade de Junior Lima repercutiu nas redes sociais, levantando debates importantes sobre masculinidade, sensibilidade e os danos causados por especulações infundadas.
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