Ouvi do Raul Gil uma das frases mais bonitas e verdadeiras dos últimos dias: “Quem morreu foi o Senor Abravanel. Silvio Santos vai continuar muito vivo entre nós”.
Um legado que permanece, especialmente no meio televisão e de modo ainda mais particular para o SBT, que durante 43 anos teve no seu criador uma maneira muito própria de existir.
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Acredita-se que nada será muito diferente ou profundamente modificado, porque, de agora em diante, a administração de tudo caberá ou seguirá com pessoas que sempre foram ligadas a ele. Mais diretamente, sua mulher e suas filhas.
Quem melhor do que elas?
Todas, em diferentes posições e linhas de atuação, devem simplesmente dar prosseguimento ao trabalho que já vinham realizando, muito de acordo com a vontade dele.
SS nunca aceitou se desfazer da sua TV. Rechaçou, em vida, todas as propostas de venda e, no instante necessário, soube passar o controle de tudo às que fossem da sua absoluta confiança.
O SBT mantem o seu mesmo DNA, agora com a responsabilidade de dignificar ainda mais o nome do seu fundador.
A “era do contrato por obra”, hoje em curso, provocou mudanças na relação entre TVs e artistas. Até para melhor. Quando exclusivos, havia dificuldades para divulgar outros trabalhos ou aparecer na concorrência. Isso ficou para trás.
Só como um exemplo, Larissa Bocchino, estrela de “No Rancho Fundo”, não teve qualquer problema para promover seu trabalho em “Vidas Bandidas”, do Disney+.