Nathalia Timberg é a protagonista de A Mulher da Van no Sesc Pinheiros

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A peça dirigida por Ricardo Grasson estreia em 16 de agosto, com um elenco de peso, liderado por Nathalia Timberg

Os intrincados laços humanos, a tolerância e o etarismo são os temas centrais de A Mulher da Van, obra do dramaturgo inglês Alan Bennett. Adaptada para o cinema, a peça agora recebe uma versão brasileira sob a direção de Ricardo Grasson, com Nathalia Timberg no papel principal. A estreia acontece em 16 de agosto no Sesc Pinheiros, permanecendo em cartaz até 15 de setembro, com sessões de quinta a sábado, às 21h, e domingos, às 18h.

Clara Carvalho assina a tradução do texto, e o elenco conta também com Caco Ciocler, Eduardo Silva, Duda Mamberti, Roberto Arduin, Lilian Blanc, Noemi Marinho e Cléo de Páris.

Sobre a escolha do elenco, Grasson comenta: “Todos eles são atores de transfiguração, de composição, porque eles têm muita facilidade de se transformar no próprio personagem, mudando o jeito de andar, de falar, a voz, o corpo e até as expressões. Esse tipo de ator é muito raro e, na montagem, eu tenho certeza de que formamos um time muito poderoso“.

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Grasson revela que a montagem do espetáculo é um sonho antigo de Nathalia Timberg. “A Nathalia tem esse texto há mais de 15 anos e, quando nós fazíamos a peça 33 Variações, em 2016, ela me contou sobre a vontade de montá-la. Com pandemia de Covid-19, ela ficou cinco anos longe do palco e, então, me ligou dizendo que gostaria de finalmente retomar o projeto – possivelmente seu último trabalho“, conta o diretor.

A Mulher da Van narra a história verídica de Mary Shepherd, uma idosa inglesa que, na década de 1970, vivia em uma van estacionada em Camden Town, Londres. Devido aos seus hábitos pouco sociáveis, a maioria dos vizinhos a evitava. O único que a tolerava era o escritor Alan Bennett, que permitia que ela usasse seu banheiro ocasionalmente. Quando a prefeitura proibiu veículos estacionados permanentemente no bairro, Bennett ofereceu sua garagem para Mary estacionar sua van.

Paralelamente a essa história, a peça conta que o escritor, apesar de ter uma relação muito boa com a própria mãe idosa, que morava em outra cidade, precisou interná-la em uma casa de repouso, pois não tinha como cuidar dela. É muito interessante, pois o texto fala um pouco sobre essas relações humanas e do cuidado que, às vezes, não conseguimos ter com uma pessoa da própria família, mas acabamos tendo por um desconhecido. Mas acho que também estamos fazendo esse bem para o mundo, sabe?”, explica Grasson.

 

Foto de capa: Priscila Prade

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