Você já parou para pensar quanto custa viver com dor?
Não apenas em dinheiro, mas em tempo, energia e qualidade de vida que se perdem a cada tentativa frustrada de aliviar o sofrimento.
Quem convive com dor crônica sabe: o gasto começa pequeno, mas se transforma em um ciclo sem fim. É o analgésico de todo dia, o anti-inflamatório “pra aguentar a semana”, o antidepressivo que virou rotina, a visita à farmácia que já faz parte da agenda. E, ainda assim, o alívio raramente dura.
O preço invisível da dor
Os custos não se limitam aos medicamentos. Há também os gastos invisíveis e, muitas vezes, os mais caros.
São os suplementos “milagrosos”, as vitaminas com doses erradas, os procedimentos isolados, como o botox para dor, sem um plano terapêutico completo e sem acompanhamento especializado.
Quantas consultas com diferentes profissionais psiquiatra, endocrinologista, ginecologista, gastroenterologista já foram necessárias para tentar entender o que o corpo grita, sem que ninguém ouça o todo?
Tudo isso tem preço. E ele é alto.
Mas o mais caro de tudo é o tempo perdido meses, às vezes anos, em que o cérebro e o corpo ficam presos em um ciclo de sofrimento sem direção.
O tamanho do problema
No Brasil, mais de 35% da população convive com algum tipo de dor crônica, o que representa cerca de 70 milhões de pessoas. Entre os idosos, esse número sobe para quase metade da população.
As dores mais comuns são lombar, fibromialgia, artrose e enxaqueca, que figuram entre as principais causas de incapacidade no país e no mundo.
Os números da dor:
A dor lombar é a principal causa de incapacidade global e uma das maiores razões de afastamento do trabalho.
Pacientes com fibromialgia gastam, em média, entre R$ 5 mil e R$ 15 mil por ano com consultas, medicamentos e terapias e, mesmo assim, muitos continuam sem controle adequado dos sintomas.
Pessoas com enxaqueca severa podem perder até 20 dias de produtividade por mês entre crises, consultas e efeitos colaterais dos remédios.
Nos Estados Unidos, os custos diretos e indiretos da dor lombar ultrapassam US$ 134 bilhões por ano, e as dores crônicas representam quase 20% de todo o gasto em saúde.
Mas, por trás dos números, estão as perdas que não se medem:
o trabalho que não se conseguiu fazer, o sono que não veio, a paciência que se esgotou, os planos adiados e a vida em pausa.
Caro é o que não resolve
O verdadeiro custo da dor crônica está em tudo o que não resolve o problema.
Investimento é o que devolve o controle da dor, da ansiedade, do sono e, acima de tudo, da vida.
O que realmente tem valor
O tratamento que tem valor é aquele que olha para o todo corpo, cérebro e comportamento e não apenas para o sintoma.
É o que promove a recuperação da função, da energia e da autonomia, e não o que apenas mascara a dor.
Tem valor quando você investe em:
Avaliação completa da dor: compreender o tipo (nociceptiva, neuropática, nociplástica) e suas causas reais.
Tratamento multidisciplinar: com médico especialista em dor, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista e educador físico atuando em conjunto.
Reabilitação personalizada: exercícios terapêuticos, pilates clínico, fortalecimento, equilíbrio e consciência corporal.
Neuromodulação não invasiva: técnicas como microcorrentes, estimulação transcraniana (tDCS, TMS) e estimulação do nervo vago.
Bloqueios e infiltrações guiadas por imagem: para casos de inflamação, compressão nervosa ou dor segmentar persistente.
Terapias regenerativas e de alta tecnologia: ondas de choque, laser de alta potência, radiofrequência e ozonioterapia.
Práticas integrativas: acupuntura, aromaterapia, meditação, auriculoterapia e respiração consciente para reequilibrar o sistema nervoso.
Educação em dor e mudança de hábitos: compreender como o cérebro aprende e desaprende a dor, além de cuidar do sono, da alimentação e do movimento.
Especialista explica
Para o neurocirurgião Dr. Luiz Severo, a chave está em entender que dor crônica não é apenas um sintoma físico, mas uma condição complexa que envolve o sistema nervoso e o comportamento.
“O tratamento eficaz da dor passa por uma abordagem ampla e integrada. Não basta bloquear a dor, é preciso reeducar o cérebro, restaurar a função e devolver qualidade de vida. Quando o paciente é tratado de forma completa, o custo deixa de ser um gasto e se torna um investimento em bem-estar e autonomia”, explica o especialista.
Investir com propósito
Tratar dor crônica não é gastar mais é investir com propósito, em ciência, em cuidado e em uma vida que volta a ter ritmo, leveza e sentido.
Porque a dor custa caro.
Mas viver sem ela isso não tem preço.
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