O prefeito de Colinas, no Tocantins, está sendo acusado de promover uma série de reformas e obras de infraestrutura com fins eleitorais, transformando a cidade em uma “Vila Azul”. A expressão, popularmente usada, se refere à pintura predominante de prédios públicos, praças e até mesmo escolas municipais com as cores do partido ao qual o gestor é filiado.
A denúncia partiu de candidatos da oposição e de moradores, que afirmam que o prefeito está usando recursos públicos para autopromoção, com o objetivo de garantir a reeleição nas eleições municipais. Segundo relatos, além da pintura, foram realizadas reformas emergenciais em várias partes da cidade, como calçadas e fachadas de prédios, que receberam novas cores e logotipos associados ao partido.
“Essa é uma estratégia para maquiar a gestão e tentar conquistar votos com a aparência de melhorias. O que vemos aqui é um uso descarado da máquina pública em benefício próprio”, criticou um dos líderes oposicionistas.
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A prática, que já foi alvo de investigações em outras cidades do país, é considerada ilegal pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proíbe o uso de bens e serviços públicos para fins de campanha. Os adversários políticos já acionaram o Ministério Público Estadual, solicitando uma investigação para apurar a possível violação das regras eleitorais.
Em resposta às acusações, a assessoria do prefeito afirmou que as reformas e pinturas fazem parte de um projeto de revitalização urbana planejado desde o início do mandato, e que a escolha das cores é uma questão de “padronização e identidade visual” para a cidade.
O Ministério Público deve analisar os argumentos apresentados pelas partes e determinar se há indícios de abuso de poder político e econômico. Caso comprovada a irregularidade, o prefeito poderá responder por improbidade administrativa e sofrer sanções que vão desde a inelegibilidade até a cassação do mandato.
Enquanto isso, a polêmica segue dividindo opiniões na cidade. Alguns moradores aprovam as mudanças visuais, destacando a melhora na aparência de espaços públicos, enquanto outros enxergam o movimento como um “teatro” para atrair eleitores. As próximas semanas serão decisivas para definir os rumos desse embate eleitoral em Colinas.
Procurada por este colunista, a defesa do prefeito respondeu, via aplicativo de mensagens: “estamos sabendo dessa suposta ação pelas redes sociais, ainda não fomos notificados. Deixaremos para prestar qualquer declaração depois que tomarmos conhecimento do teor da ação.”. Este espaço segue aberto a qualquer tempo para que a defesa do prefeito se manifeste.
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