Projota, de 35 anos, lançou recentemente o álbum A Saída Está Dentro. No projeto, retrata o período “turbulento” que viveu durante e após o BBB21, com seu cancelamento no programa e perda de familiar – e animais – ao deixar a casa.
“É um álbum forte pra caramba. Fala de medo, insegurança, cancelamento, amor e saudade. O ano de 2021 foi bem difícil pra mim, bem turbulento. Além de ter enfrentado a barra que foi o reality show com uma exposição gigante, maior do que eu já tinha conhecido, perdi minha vó, que foi minha mãe, quem me criou desde os meus 7 anos. Como eu sempre fiz, transformei dor em arte. Eu sinto que Deus vai usando a gente da forma que dá porque vai fazendo a diferença na vida das outras pessoas, especialmente numa pandemia. Acho que todo mundo sofreu alguma perda nesse tempo, de várias formas de se perder algo. É um disco bastante necessário”, acredita.
O artista explica que o processo de criação foi inédito para ele. “Nunca tinha feito isso, mas fui com os músicos pro estúdio. Enquanto eles tocavam, eu escrevia. A música foi fluindo não só pelas minhas mãos, mas também pelas de vários caras. A gente estava junto vendo a música borbulhando no estúdio”, conta.
Além do álbum, Projota diz que o cancelamento no BBB lhe rendeu um aprendizado de valor inestimável. “Enxergo isso com a sabedoria de quem entende que não dá para discutir com Deus, com o universo. A vida vai acontecendo por algum motivo. As perdas que eu já tive no passado me construíram e me capacitaram para conquistar algumas coisas no futuro. Não só pra mim, mas para as pessoas ao meu redor também, como dar uma condição de vida maravilhosa para a minha filha [Marieva, de 2 anos] hoje. Depois de passar pelo olho do furacão e sobreviver, você se sente mais forte para tudo. No meu caso, o crescimento que veio, a oportunidade de enxergar defeitos, o prêmio do BBB não paga”, afirma ele.
O artista conta ainda que está acompanhando o BBB22, e que ter a experiência do reality transformou sua mente de espectador. “No começo foi super esquisito. Hoje eu me coloco no lugar deles. Você fica em casa falando ‘Isso que eles estão fazendo é por causa disso’, porque nem tudo as pessoas conseguem sentir e ver a dinâmica de quem está lá dentro. É uma perspectiva muito diferente. Hoje eu assisto sem julgamento. Para o público, é muito 8 ou 80, vilão ou mocinho, mas hoje eu consigo ver um meio termo”, pondera.