São Clemente é rebaixada com homenagem para Paulo Gustavo após desfile repleto de problemas técnicos
A São Clemente foi rebaixada do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira (26) após terminar a apuração em último lugar.
O resultado surpreendeu alguns fãs de Paulo Gustavo, já que a agremiação foi uma das que mais emocionou o público no primeiro dia de desfiles no Rio de Janeiro.
Só que o rebaixamento da escola é justo. Nos desfiles, são avaliados pelos jurados tudo o que acontece na pista de desfile. O tema ou a homenagem é julgado em apenas um dos quesitos: enredo. Neste, o julgamento também é dividido em dois sub-quesitos: concepção e execução.
Ou seja: a ideia de homenagear Paulo Gustavo por mais nobre que seja, não garante a nota 10. Para isso, a escola teria que desenvolver um enredo criativo, linear e que contasse uma boa história. Ao longo do desfile, faltou poesia e ousadia na concepção, o que jogou as notas para baixo. A carreira de Paulo Gustavo, seus personagens e o jeito irreverente não apareceram transformados em alegorias e fantasias de maneira criativa.
Além disso, a escola apresentou falhas técnicas. Na comissão de frente, o tripé apareceu apagado em três dos quatro módulos de julgamento. O elevador hidráulico que trazia Dona Déa, mãe do humorista, também falhou em várias cabines, o que a deixou escondida da visão do júri.
A escola também abriu clarões na avenida e não mostrou empolgação ao cantar o samba-enredo. No finalzinho do desfile, houve uma correria na tentativa de não estourar o tempo regulamentar.
O trabalho do carnavalesco Thiago Martins também foi frágil. Faltou cuidado na confecção das fantasias e alegorias e na reprodução dos protótipos. Tudo acabou rendendo punições e descontos severos do júri, o que culminou na última posição isolada.
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