A novela Cássia Kis e Regina Duarte parece não ter fim. Após as inúmeras polêmicas das duas, que entraram em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, e no caso de Cássia que até participou de um ato antidemocrático, revoltou parte da classe artística, e entre eles, Emilio Dantas, que volta as telinhas com “Vai Na Fé”, se pronunciou contra ambas em uma entrevista para a Folha de S. Paulo com a colunista Mônica Bergamo.
Sobre o caso de Regina, Emilio analisa que ela pode estar sendo orgulhosa em não admitir que errou ao defender Bolsonaro e faz um questionamento:
“No caso da Regina, acho que é uma questão de orgulho, de não querer admitir que errou. A passagem pela secretaria da Cultura foi uma derrota na carreira dela. O ponto de vista dela é completamente equivocado, e ela continua defendendo. O que falta para a Regina enxergar a realidade? O Bolsonaro arrancar o braço de alguém?”.
Já sobre Cássia Kis, ele assimila a mesma situação:
“Eu acho que a Cássia Kis cai no mesmo lugar da Regina Duarte. Acho que são problemas ultra pessoais, ultra particulares, que tomam a frente dessa questão. E tem também a postura do Bolsonaro, né? A forma como ele construiu essa figura política, muito galgada no paternalismo. [Como se ele fosse] o cara que vai resolver todos os problemas, o grande herói. Que sabe gritar e latir, mas não sabe o motivo.”
Quando a palavra artista foi usada para se referir aos atores bolsonaristas, Emilio diz que é contra, que eles podem ser setorizados, mas, que a palavra não cabe a eles, justificando:
“Acho errado chamá-los de artistas. Arte exige empatia. Eles podem ser atores, atrizes, apresentadores, empresários, enfim. Podem ser setorizados. Agora, artistas? Não tem como. É completamente inviável um artista concordar com qualquer coisa que tenha vindo desse tipo de ideologia.”
Miguel Falabella esteve presente na RFM, uma rádio portuguesa, nesta semana. Entre tantas coisas sobre sua carreira e obras em que trabalhou ou dirigiu, foi lançado um questionamento se em algum momento existiu algum trabalho em que ele recusaria se fosse hoje em dia.
Categoricamente, Falabella revelou que ao olhar para trás existem alguns trabalhos que ele teria recusado. Um dos apresentadores questionou com quem, e ele respondeu que alguns com Cássia Kis, falando que a atriz mostrou “seu lado desumano e monstruoso”:
“Com Cássia Kis, por exemplo, com quem trabalhei, fiz até teatro. Porque, na verdade, o que nós vimos hoje em dia, a pessoa que ela se transformou, ela já era, mas nós éramos mais jovens e preferíamos não ver aquele lado monstruoso, desumano”.
A atriz é bolsonarista e participou de alguns atos antidemocráticos, após a eleição de Luís Inácio Lula da Silva como presidente da República. Miguel também voltou ao passado e contou situações aonde ele enxergava esse lado, mas que era muito jovem, ou tinham muitas pessoas para administrar e acabavam passando:
“Eu me lembro que ela fez coisas muito desagradáveis em uma peça e até na época eu falei: ‘não é assim que se trata as pessoas, está louca?’. Mas, a gente não tinha muito tempo para isto, era um elenco muito grande e era outra coisa. Mas, hoje em dia ela se mostrou.”
Veja o momento a partir de 17:45:
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