Globo vence e STF autoriza exibição do Caso Henry Borel no Linha Direta

Depois do veto, a liberação. Graças à decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o programa “Linha Direta” sobre o caso da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, será exibido na Globo na noite desta quinta-feira, 18 de maio, sob apresentação de .

A decisão se deu na noite anterior, depois que a TV Globo recorreu da liminar obtida pela defesa de Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, acusado de ter matado o menino. Ele, que era marido de Monique Medeiros, mãe de Henry, acusada de ser sua cúmplice, fez de tudo para impedir que o programa não fosse apresentado.

O QUE DIZ A DECISÃO DO STF

No texto, o ministro Gilmar Mendes diz que a medida da defesa de Jairinho teve “o claro propósito de censurar a exibição da matéria jornalística de evidente interesse público”.

Sobre a decisão da véspera, da juíza Elizabeth Machado Louro, do Tribunal de Justiça do Rio, o ministro se posicionou: “A eminente magistrada extrapola os limites de suas funções judicantes para se arvorar à condição de fiscal da qualidade da produção jornalística de emissoras de televisão”.

O programa ouviu todos os advogados envolvidos, inclusive Cláudio Dalledone, de Jairinho, e o promotor Fábio Vieira. O caso não está em segredo de Justiça e as audiências são transmitidas ao vivo pelo canal do Tribunal de Justiça do Rio, pela internet. O julgamento ainda não tem data para acontecer.

ENTENDA O CASO HENRY BOREL

Em 08 de março de 2021, Henry Borel morreu no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O menino de 04 anos foi levado para lá pela mãe e o padrasto, que alegaram tê-lo encontrado desmaiado no quarto onde dormia.

Henry estaria com olhos revirados, pés e mãos geladas e dificuldades para respirar. Segundo os médicos, o garoto chegou à unidade hospitalar com parada cardiorrespiratória.

Inicialmente, o caso foi tratado pela polícia como um acidente, como se o menino tivesse caído da cama, mas perícias médicas constataram que a vítima havia sido vítima de agressões.

No Instituto Médico Legal (IML), a necropsia constatou múltiplos sinais de trauma, como equimoses, hemorragia interna e ferimentos no fígado, típicos de agressão.

Seu padrasto, Jairo Souza Santos Júnior, então vereador na capital fluminense conhecido pelo apelido de Jairinho, justificava que o pequeno havia sofrido um acidente doméstico, que não convenceu autoridades, resultando na prisão preventiva do político ao lado da mãe do garoto, Monique Medeiros, pouco após a morte de Henry.

A Polícia suspeita que Henry tenha morrido depois de ser submetido a uma sessão de torturas por Dr. Jairinho, que nega. Vale destacar que, depois da morte do menino, Dr. Jairinho telefonou para o governador do Rio, Claudio Castro (PSC), e relatou o ocorrido.

Na ocasião, o político afirmou ter dito que o caso seria investigado pelas autoridades responsáveis, sem interferências.  Nas investigações, a polícia colheu depoimentos de outras agressões supostamente cometidas pelo político, envolvendo mulheres e crianças.

Monique e Jairo ainda aguardam a conclusão do processo criminal, somando diversas acusações após idas e vindas prisionais. A mãe já foi absolvida de acusações de fraude processual, falsidade ideológica e de ter torturado o filho. O ex-vereador, absolvido apenas de fraude processual.

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