O humorista contou que, no início, a perda de peso trouxe benefícios evidentes — como mais disposição e noites de sono melhores — mas os desafios apareceram com o tempo. “No primeiro ano, a gordura vai embora, você está magro, se sente bem, dorme melhor... Eu roncava demais, tinha apneia do sono. Hoje eu durmo bem. Mas depois vem a depressão. Por quê? Porque seu corpo não absorve mais vitaminas como antes.”

Gustavo Mendes também lamentou a falta de informações detalhadas que teve antes de realizar o procedimento. “Tem coisas que ninguém te conta. Você começa a sentir um desânimo e acha que é normal, mas é falta de vitamina. E aí, quando vê, está com tudo desregulado. É muito pesado. Não te avisam que certos alimentos passam a te fazer mal. E você nunca sabe qual vai ser o próximo. Eu, por exemplo, desenvolvi uma anemia crônica, que vou carregar para o resto da vida.”

O relato sincero do artista serve de alerta para quem considera a bariátrica como um atalho simples para emagrecer. “A cirurgia não é milagre. É um recomeço cheio de renúncias, cuidados e consequências. Não me arrependo de ter buscado saúde, mas hoje sei o preço que se paga por isso”, concluiu.