O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a direcionar críticas contundentes à Enel após o novo apagão que deixou cerca de 1,5 milhão de imóveis sem energia nesta quarta-feira (11/12). O blecaute ocorreu durante a forte passagem de um ciclone extratropical que atingiu diversas regiões da capital e da Grande São Paulo, provocando queda de árvores, alagamentos e interrupções em serviços essenciais.
Nas redes sociais, o prefeito classificou a atuação da concessionária como um exemplo de “irresponsabilidade”, reforçando que a população paulistana não pode continuar sofrendo com problemas recorrentes de fornecimento de energia a cada evento climático mais severo. Segundo ele, a crise energética desta semana expõe novamente a fragilidade da operação da empresa e levanta dúvidas sobre sua capacidade de resposta em situações de emergência.
De acordo com Ricardo Nunes, ao menos 137 árvores caíram em diferentes pontos da cidade. Parte significativa delas não pôde ser removida imediatamente porque equipes da Prefeitura aguardavam o desligamento da rede elétrica pela Enel para garantir a segurança dos trabalhadores. A demora, segundo o prefeito, agravou transtornos no trânsito, comprometeu vias importantes e dificultou a chegada de serviços de emergência.
O prefeito ainda destacou que a falta de luz atingiu hospitais, comércios, residências e semáforos, aumentando o caos urbano e gerando riscos à população. Ele voltou a defender que a Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsesp) e o Governo do Estado intensifiquem a fiscalização sobre a concessionária, especialmente após sucessivos episódios semelhantes registrados ao longo do ano.
A Prefeitura informou que mobilizou equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das Subprefeituras para atuar na remoção de quedas de árvores, desobstrução de vias e assistência a bairros afetados. No entanto, ressaltou que muitos desses trabalhos dependem diretamente da liberação da rede elétrica — o que, em dias de crise, torna a agilidade da Enel fundamental para evitar danos maiores.
Críticas ao desempenho da Enel têm se intensificado desde apagões anteriores que marcaram 2023 e 2024, alguns deles durando vários dias e atingindo milhões de pessoas. À época, autoridades municipais e estaduais cobraram planos de contingência mais robustos da concessionária, além de melhorias na manutenção preventiva da rede.
Desta vez, Ricardo Nunes afirmou que continuará pressionando por mudanças estruturais e por maior responsabilidade da empresa diante de sua concessão. Segundo ele, eventos climáticos extremos são frequentes e previsíveis, e não podem surpreender a operação de uma companhia que atende a maior metrópole do país.
A Enel, até o momento, informou que equipes estão nas ruas para restabelecer o fornecimento e que trabalha para normalizar 100% da rede o mais rápido possível. A empresa ainda não respondeu às críticas do prefeito.
O novo episódio reacende o debate sobre a qualidade do serviço prestado pela concessionária e deve voltar ao centro da agenda política paulistana nos próximos dias, especialmente diante da alta demanda por uma infraestrutura elétrica mais resistente e de respostas mais eficientes em períodos de crise.
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