Cardiologista afirma que os transtornos emocionais prejudicam mais o coração do que a pressão alta, o colesterol, o tabagismo e o sedentarismo
As emoções que adoecem o coração: a nova fronteira da medicina cardiovascular
Reconhecido como um dos mais respeitados cardiologistas do Brasil, o Dr. Rogério Silva, médico de um dos mais importantes hospitais do país, tem alertado para uma revolução silenciosa na medicina moderna: as emoções, as doenças mentais, os traumas e o estresse crônico são hoje alguns dos principais inimigos do coração muitas vezes mais perigosos do que o colesterol alto ou a hipertensão.
“O sofrimento emocional silencioso é hoje uma das maiores causas de doenças cardíacas. O corpo sente aquilo que a mente e a alma não conseguem resolver”, afirma o médico.
O poder das emoções sobre o coração
De acordo com o Dr. Rogério Silva, os transtornos emocionais e mentais como depressão, estresse, ansiedade, e o estresse pós-traumático são gatilhos biológicos potentes para o adoecimento cardiovascular. Essas condições ativam de forma contínua o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) e o sistema nervoso simpático, elevando os níveis de cortisol e adrenalina e gerando inflamação sistêmica silenciosa.
Com o tempo, esse processo danifica o endotélio vascular, altera a pressão arterial e favorece a formação de placas ateroscleróticas, aumentando significativamente o risco de infarto, AVC e arritmias.
O especialista liderou uma pesquisa no Brasil, que será publicada em breve pelo Journal of Interdisciplinary Lifestyle Studies, demonstrando que os transtornos emocionais representam um risco cardiovascular maior que a hipertensão, o colesterol alto, a obesidade e até o tabagismo perdendo apenas para o diabetes.
Em sintonia com a ciência mundial
O estudo conduzido pelo Dr. Rogério Silva está alinhado às diretrizes da American Heart Association (AHA) e da European Society of Cardiology (ESC), que já reconhecem a em especial a depressão como fatores de risco independentes para doenças cardiovasculares.
Essas diretrizes defendem que a avaliação emocional deve ser parte integrante do cuidado cardiológico, especialmente entre pacientes com histórico de ansiedade, luto, isolamento social ou experiências adversas na infância.
“O futuro da cardiologia está na integração entre corpo, mente e espiritualidade. Tratar o coração exige também cuidar das emoções e do equilíbrio interior”, reforça o especialista.
Brasil e países em desenvolvimento: o alerta é ainda maior
O Dr. Rogério Silva chama atenção especial para o Brasil e demais países subdesenvolvidos, onde fatores emocionais e sociais são frequentemente negligenciados. “A pobreza, a violência doméstica, o abandono e a falta de suporte emocional criam um terreno fértil para o adoecimento físico, cardiovascular e mental”, explica.
Essas observações estão em sintonia com o estudo ACEs (Adverse Childhood Experiences), conduzido inicialmente pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), que comprovou: quanto mais experiências traumáticas na infância, maior o risco de doenças físicas e mentais na vida adulta, incluindo infarto, AVC, hipertensão, diabetes e depressão.
Como o trauma se transforma em doença
“Quando uma criança cresce em um ambiente de medo, rejeição ou violência, o corpo aprende a viver em estado de alerta”, explica o Dr. Rogério.
“Esse estado constante de estresse ativa o sistema límbico e o eixo HHA, elevando o cortisol e provocando inflamação. Décadas depois, o coração é um dos primeiros órgãos a sofrer as consequências.”
A ciência moderna confirma: a biografia molda a biologia. Emoções reprimidas, traumas não resolvidos e falta de segurança afetiva durante a infância alteram circuitos neurais e mecanismos hormonais de defesa, produzindo cicatrizes invisíveis que se manifestam como doenças cardiovasculares anos depois.
Prevenir doenças cardíacas começa na infância
O cardiologista defende que a verdadeira prevenção das doenças cardiovasculares deve começar muito antes dos sintomas físicos ainda na infância.
Ele propõe políticas públicas de saúde emocional, fortalecimento dos vínculos familiares, educação parental e acompanhamento psicológico em escolas.
“Cuidar da mente e proteger as crianças é uma das formas mais eficazes de prevenir infartos e AVCs no futuro. O coração não esquece o que a infância viveu”, finaliza o Dr. Rogério Silva.
BOX: Os números da saúde emocional no Brasil
| Indicador | Achado Científico | Fonte |
| 1 em cada 3 adultos | Sofre de ansiedade ou depressão | OMS / 2024 |
| 67% dos brasileiros | Sentem-se impactados negativamente pelo estresse no trabalho | CNN Brasil / 2024 |
| 42% da população | Relata nível elevado de estresse que afeta o cotidiano | Ipsos / 2024 |
| 70% dos adultos | Vivenciaram pelo menos uma experiência traumática na infância (ACEs) | CDC / 2023 |
| 33 milhões de pessoas | Não têm acesso à água potável adequada | Agência Brasil / 2024 |
| 90 milhões de brasileiros | Vivem sem coleta de esgoto | Instituto Trata Brasil / 2024 |
| 2,5 vezes mais risco | De infarto em pessoas com depressão grave | AHA / 2023 |
Mensagem final
O Dr. Rogério Silva representa uma nova geração de médicos que unem ciência, empatia e espiritualidade na prática clínica. Seu trabalho reafirma uma verdade cada vez mais inegável: O coração adoece quando a alma adoece. Curar o corpo começa por curar as emoções.
E acrescenta: para cuidar de verdade, o médico precisa conhecer a história do paciente. suas experiências de vida, perdas, violências, lutos, crenças e apoios, porque grande parte das queixas de hoje nasce das vivências de ontem. Não basta a anamnese básica aprendida na faculdade: é necessário olhar mais fundo, adotar uma escuta qualificada e compreender o contexto biopsicossocial e espiritual dos nossos pacientes (família, trabalho, renda, moradia, rede de apoio, espiritualidade e eventos adversos na infância). Esse enfoque clínico ampliado não substitui os protocolos; ele os qualifica, orientando diagnósticos mais precisos, planos terapêuticos mais aderentes e prevenção cardiovascular de fato centrada na pessoa.
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