A Tom Maior realizou o seu desfile de reedição 2009 neste último domingo. A vermelho e amarelo que agora habita a zona oeste fez com sucesso e o favoritismo foi confirmado. Alegoria nível Grupo Especial, canto forte e Gilsinho cantando o samba de uma nova forma foram destaques. Também vale ressaltar o ótimo andamento e bossas criativas que a bateria “Tom 30” imprimiu na passarela. Somente o aperto no passo após o terceiro módulo ficou visível, pois se fez necessário. A escola correu risco de estourar o cronômetro, fechando com 1h cravado.
Comissão de frente
Quando há uma reedição conhecida, é inevitável fazer uma análise sem citar comparação. Realmente se confirmou o que era falado pela escola no pré-carnaval: a famosa comissão de frente, que ficou famosa em 2009 por representar a guerra da África da forma mais melancólica possível, foi extinta. Essa nova Angola de 2025 foi completamente diferente. Alegria, religiosidade, cultura e dança eram mostradas na comissão. A criança presente na ala aparentava representar o futuro do país.
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Mestre-sala e porta-bandeira
O casal Ruhanan Pontes e Ana Paula desfilaram leves pela pista. As coreografias dentro do samba e os movimentos obrigatórios fizeram a dupla ter um exemplar desempenho. A dança sincronizada dos dois coloca a Tom Maior em um patamar elevado neste quesito. Ambos mostraram o motivo do investimento do presidente Carlão para mantê-los mesmo estando no Grupo de Acesso.
Enredo
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A Tom Maior quis mostrar uma nova Angola para o Anhembi e remodelar o contexto do tema levado em 2009. Desta vez, o enredo logo de cara já foi apresentado de forma positiva, sem guerras ou destruições, diferente daquela oportunidade, onde havia um cenário pesado na abertura (e marcante). A religiosidade do país, a música, danças e costumes foram incorporados ao longo do desfile, dentro das alegorias e fantasias.
Alegorias
O abre-alas, chamado de “A Terra D’Angola – Um Santuário Sagrado: Reconstruindo a sua História!”, também foi totalmente diferente de 2009. Da outra vez representou o caos e, agora, a paz. As esculturas do carro no topo eram vermelhas, simbolizando animais do continente africano. Nas outras partes da alegoria, eram mostradas as outras riquezas africanas. Esculturas de mulheres negras com luxo mostraram a força dessa abertura.

Fantasias
A escola mostrou um nível satisfatório de fantasias, tendo uma paleta de cores variada na avenida. Um colorido muito grande entre os setores foi visto na avenida. O único apontamento é referente à primeira ala (“Palancas Negras”), que soltou pequenos pedaços da fantasia por algumas partes da pista.
Harmonia
Um quesito arrebatador. O canto que a comunidade colocou na pista é para ficar na história. A Tom Maior tem uma comunidade que canta bastante nos últimos anos e, agora, a agremiação que habita na Barra Funda confirmou isso. Esse fato soma-se ao samba de 2009, tão conhecido e louvado por todos do carnaval paulistano, e só prova que a estratégia de reedição do presidente Carlão foi ótima.
Evolução
Nos primeiros módulos, ocorreu tudo bem. Todos os componentes desfilaram soltos, cantando e dançando o samba, com destaque para a parte do “oh deixa gira, girar”, onde todos rodam de forma sincronizada. Até uma parte da arquibancada vai junto. Porém, há de se destacar o grande aceleramento nos passos que a escola deu do segundo módulo em diante, pois percebeu um aperto no tempo e teve que realizar essa estratégia para não estourar o cronômetro. Mesmo assim, fechou com uma hora de desfile e alguns segundos. Um tempo bem arriscado para penalização. Ou seja, dois módulos bons e os outros para ficar de olho.
Samba-enredo
O samba de 2009 é um dos mais conhecidos do carnaval paulistano por sua melodia e qualidade musical. Agora, interpretado pelo Gilsinho, deu um tom ainda mais diferenciado. Sempre que o intérprete carioca cantava o samba nos esquentas da agremiação, dava para notar que era especial, e foi assim no desfile oficial. A ala musical junto à bateria “Tom 30” levantou as arquibancadas do primeiro ao último minuto. O refrão do meio era o ápice das passagens.
Outros destaques
A bateria “Tom 30”, de mestre Carlão, deu um andamento correto para o desfile e realizou bossas criativas, com destaque para o refrão do meio.
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