Na véspera do dia internacional da Mulher, a atriz e escritura Alba Michele, fala com exclusividade a este jornalista sobre o lançamento de seu projeto de apoio às mulheres que sofreram e sofrem violência doméstica.
Perguntada sobre a importância desse dia, Alba nos deu uma verdadeira aula sobre a força da mulher.
- Falar do dia internacional da mulher, é celebrar a vida! Mas sobretudo, é importante trazer para a nossa consciência o quanto precisamos avançar. Porque mulheres ainda morrem por serem mulheres! O processo é longo.
Se uma mulher está livre hoje pra expressar o que ela é, e ser o que ela quiser ser, alguém viveu antes uma" prisão" pra ela ser livre! Alguém pagou esse preço!
Ego Brazil: Como surgiu a ideia do projeto Michele?
- Quando pensei nesse projeto, mostrei pra Gilmara e Larissa Magalhães que são parceiras no projeto que tenho do Portal Cocrializando que fala sobre Autoconhecimento. E me deram super apoio!
"A história que eu não contei" é uma mistura da minha vivência, com a minha arte, que é a escrita, e como orientadora de autoconhecimento.
Convidei Ariadna Arantes (Ex-BBB10), e outras atrizes de teatro, também mulheres comuns e contadoras de histórias. Tive a assistência da Larissa Magalhães que é Terapeuta para a leitura dos relatos, que são bem fortes!
Egobrazil: Como foi esse processo de aprendizagem?
Foi através de uma das técnicas da terapia como por exemplo a Constelação Familiar e o Divórcio Energético, que fez eu me entender e me conhecer um pouco mais! E resignificar minhas dores em aprendizados.
Egobrazil: E por que você resolveu falar disso agora?
Uma, porque estou curada! Falar disso não me dói mais. A segunda coisa, é porque o número de mulheres que me relatam diariamente o que vivem em suas casas, me fez entender que eu posso acolhe-las e mostrar a porta de saída pra elas.
Em tempos em que falamos tanto de liberdade e empoderamento feminino, ainda é algo distante para muitas mulheres!
Eu posso até dizer o quanto elas podem ser livres, mas como isso acontece? Como é sair de uma relação abusiva? Vai viver de que, se ela resolver se separar, se não trabalha? São muitas questões e inseguranças.
EgoBrazil: Por que sua leitura é tão importante para mulheres que se encontram nessa situação de vulnerabilidade?
- Eu já estive desse lado durante um tempo.Às vezes não basta só a coragem, é preciso ter forças. Mas foi no momento de muita fraqueza que veio a minha maior força! É nessa hora que você vira a chave e toma as rédeas da sua própria vida!
Eu associava amor a pena. E amor é decisão, é escolha!
E decidi me amar em primeiro lugar.Mas ficam sequelas, que é preciso olhar para essas feridas. Não como dor, mas como aprendizado e coragem para seguir. E aí entra a terapia, as técnicas e o autoconhecimento. O amor próprio!
A vida é linda! E essas mulheres precisam saber disso!E foi através do Autoconhecimento que me encontrei, catei meus pedaços para moldar quem eu sou hoje.
Minha história de vida, não me define , mas me molda.
Egobrazil: Qual é a reflexão que você deixa para seus leitores Michele?
- Meu papel hoje é usar a comunicação para tocar no coração das mulheres, e dizer para elas: Você não está sozinha! Não importa se eu vou escrever ou vou falar! Mas quero me comunicar com elas!
Sair do papel da vítima, entender suas parcelas de responsabilidades, e VIVER!
Uma vez uma antropóloga disse; que autoconhecimento é para pessoas ricas. E eu que fui nascida e criada numa favela durante 43 anos, quero provar o contrário. Você pode se conhecer independente de sua classe social, e mudar a sua realidade.
E que essa série de vídeos, possa inspirar, motivar e ser a maior transformação na vida dessas mulheres!
Nós do portal Egobrazil e R7 desejamos um feliz Dia das Mulheres para todas essas guerreiras.
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