Ator Maykon Renan fala sobre limites no humor

Ele sempre foi muito criativo, sonhador e, desde criança, tinha uma atração natural para as artes. No campo da escultura criava, expunha, ensinava e vendia bichinhos de massinha de modelar na escola e no bairro onde morava. Mais tarde se envolveu com as festas folclóricas de Angra dos Reis, como as Pastorinhas, os Coquinhos da Festa do Divino e as quadrilhas juninas.

“Em 2002 entrei para uma oficina de teatro, ali me encontrei e sigo carreira até o momento. Minha família ficou preocupada na época “faz teatro e vai trabalhar com o quê”? Eu sou muito firme quando quero algo e não costumo abrir espaço para comentários negativos. Se eu quero, eu vou fazer, o que vão pensar ou falar sobre não me interessa. O teatro é a minha profissão sim, é minha vida sim e me fez crescer muito sim. Hoje, tenho uma família que é apaixonada por Teatro e me apoia em tudo”. Relatou o ator.

Não faço dancinha da moda!

Maykon contou para a coluna que a carreira de influencer não foi planejada e que ficou surpreso ao descobrir que as pessoas o viam dessa maneira.

“Não faço dancinha da moda, não sei fazer maquiagem, não sei falar bonito para agradar gregos e troianos, o que eu sei, é ser eu mesmo, nas minhas redes sociais. Eu sou o “polêmico”, o garoto da “sunga”, o que fala “merda”, o que “chora”, o que “briga”, o que pede desculpa quando erra, e como eu erro (risos). Resumindo ,eu sou assim”.

Quando o primeiro parceiro o procurou para uma campanha de divulgação ele confessou que a insegurança bateu “Como sempre, eu muito inseguro pensei: Que loucura!!! Ninguém vai comprar ou seguir fulano só porque eu divulguei. Também não sei fazer divulgação sem falar besteira (risos) mas arrisquei. As pessoas começaram a seguir e comprar coisas através dos meus stories. Isso me assustou, me preocupei um pouco e passei a ter certos cuidados com o que falo desde então”.

Mas a insegurança ficou de lado e as parecerias no Instagram viraram parte da sua rotina.

“As parcerias foram aumentando e hoje em dia tenho serviços que não teria se não fosse a influência no Instagram, sou grato demais aos meus seguidores, não tenho muitos [43 mil], mas tenho os melhores. Vivo do Instagram? Não, não vivo! Ganha muito com Instagram? Não, não ganho. Porém economizo muito com os lugares que eu pago com o @ nos stories. Tenho almoços, academia, depilação a laser, nutricionista, dentista, esteticista, personal Trainer, Lanches, Chopp, roupas e assim vai… “

Um ator que influencia

Atualmente além das parcerias, Maykon é assessor de Gestão dos Espaços Culturais da secretaria de Cultura de Angra e não quer que a imagem de influencer se sobreponha aos seus 19 anos de carreira nos palcos.

“Quando me perguntam: Você é influencer?” Eu costumo brincar que eu sou um ator que influencia. Não quero deixar o nome influencer apagar minha carreira de 19 anos. Minha maior influência é estar no palco, cara cara com o público, pois ali tenho o poder da fala, ali, sim, estou influenciando muita gente. Por isso, que muitos têm medo do artista no palco, pois não tem influência maior”.

Uma marca registrada do trabalho de Maykon é forma descontraída e bem humorada com que ele trata as questões da sexualidade

“Eu tinha um pouco de medo de levantar bandeira, por conta de família, emprego, julgamentos e assim vai… Quando percebi que minha palavra tem poder e que eu tenho poder, eu resolvi mudar e a defender a minha causa, a minha luta e não tem ninguém que tire isso de mim. Sou gay sim, tenho orgulho sim e se tiver que gritar que sou gay eu grito e defendo a causa. Nós vivemos no país em que mais se mata pessoas LGBTQIA+ e isso tem que acabar, eu já sofri muito preconceito e continuo, porém não abaixo mais a cabeça e vou pra luta”.

“Sobre o espetáculo Madrasta que contou com a participação especial do ícone da internet Ines Brasil, que foi muito solidária e até criou uma história com a situação.“ Já que eu vou ser a Branca de Neve e você a Madrasta, vamos brigar em cena e falar que foi a Branca de neve quebrou seu pé.” E assim foi e o público foi ao delírio. Inês Brasil improvisou essa história em cima da hora por conta do ator ter quebrado o pé no dia do espetáculo.

“Ah um tempo atrás eu diria que a Madrasta não tem limites, hoje, com mais experiência, eu coloco limite em tudo que faço, eu não faço mais o humor de antigamente que procurava algum defeito ou imagem para arrancar gargalhadas nos meus espetáculos, não quero esse caminho, mexer na ferida de alguém ou fazer algo que faça alguém se sentir mal. Isso não tem graça alguma. “Ah mas o humor não tem limites” só se for o seu humor cabeça pequena, pois o humor que eu faço tem limites sim”.

Em breve vem temporada com a Madrasta para comemorar 10 anos e a estreia do novo espetáculo “UM DIA DE HÉTERO”

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