Bruno Gagliasso declara apoio a Lula: qual é o peso do voto de celebridades na eleição

O apoio à campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), feito pela cantora Anitta, causou um alvoroço nas redes sociais na segunda-feira (11/7) e ficou no topo dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil.

Do outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem o apoio declarado de celebridades como o cantor Gusttavo Lima e o jogador de vôlei Maurício Souza.

Mas qual o peso do apoio destas personalidades nas eleições? A BBC News Brasil ouviu cientistas políticos para entender se eles podem fazer a diferença nas urnas.

Os entrevistados afirmam que, sozinhos, esses apoiadores não são capazes de mudar o resultado. Mas são figuras com milhões de seguidores nas redes sociais e, por isso, são relevantes para a construção do eleitorado.

Somando Instagram (62,9 milhões), TikTok (20,3 milhões) e Twitter (17,6 milhões), Anitta tem mais de 100 milhões de seguidores. Nas mesmas redes sociais, Gusttavo Lima soma mais de 75 milhões — 43,7 milhões apenas no Instagram.

Nesta quarta (10) durante o 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, o ator Bruno Gagliasso, posou para a imprensa, sinalizando seu apoio também ao ex-presidente, agora candidato a presidente para as eleições de 2022.

Claro que muitos dos seguidores se repetem entre estas redes, mas ainda assim isso dá uma medida do grau de influência que personalidades assim têm.

Ao lado de Lula, ainda já aparecem nomes como o youtuber Felipe Neto e os cantores Mano Brown, Ludmilla, Pabllo Vittar e Chico Buarque.

Enquanto Bolsonaro conta com o apoio de diversos sertanejos, como Zé Neto e Sérgio Reis, além de jogadores de futebol como Ronaldinho Gaúcho e Felipe Melo.

Professor de Ciência Política na ESPM, Paulo Ramirez diz que a relevância desses famosos cresceu de maneira significativa junto com o papel cada vez mais decisivo da internet nos últimos anos, demonstrado nas últimas eleições em diversos países.

"No Brasil, em 2018, as redes estavam tomadas por bolsonaristas. Mas, desde então, os movimentos de esquerda tiveram tempo para aperfeiçoar suas estratégias e aumentar sua força nas redes", afirma.

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