Piloto de Marília Mendonça não seguiu padrão de pouso

Em 5 de novembro de 2021, Marília Mendonça e outras quatro pessoas morreriam em um acidente aéreo na cidade de Caratinga, em Minas Gerais. Em meio aos desfechos da investigação sobre o episódio, nesta sexta-feira, 4, a Polícia Civil mineira afirmou que o piloto da aeronave não seguiu o padrão de pouso aeródromo, o que pode ter contribuído para a queda da aeronave.

Ainda de acordo com a perícia, embora o piloto tenha feito a aproximação pelo lado correto, “se afastou muito” do local recomendado. O delegado regional do município, Ivan Lopes, responsável pela investigação, detalhou:  “O que a gente tem até agora na investigação, o que a gente sabe mediante depoimentos feitos é que o piloto não fez a manobra que se esperava, ele saiu da zona de proteção do aeródromo para fazer esse pouso. Então, é um fator que pode ter contribuído para que o acidente ocorresse.”

Durante a coletiva, Lopes chamou atenção para a existência de uma área chamada de zona de proteção, criada para que aeródromos, como o de Caratinga, recebem aeronaves com segurança.  “Não há uma obrigatoriedade de pousar nessa forma padrão, mas, quando ele sai dessa zona de proteção do aeródromo, é por conta e risco dele. Ele se afastou muito, veio muito baixo e se chocou na rede de transmissão”, disse o delegado.

Um ponto crucial para o desfecho das investigações, segundo o delegado, foram os depoimentos de dois pilotos que sobrevoaram a região no mesmo dia.

Um deles, inclusive, chegou a ouvir o piloto que conduzia o avião em que estava Marília Mendonça. “São depoimentos muito importantes para a polícia, desses dois pilotos, porque a gente sabe que até um minuto e meio antes não havia qualquer tipo de problema com a aeronave, não reportou nenhum tipo de problema, e que o piloto acabou saindo do padrão de pouso em Caratinga”, disse o delegado.

Outra hipótese considerada pela polícia é que o piloto tenha fugido do padrão ao tentar fazer um pouso mais tranquilo. “Quando o piloto vai pousar, a gente imagina que ele vem como se estivesse fazendo uma rampa. Se ele afasta mais, essa rampa fica menos inclinada, então, uma hipótese que a gente pode trazer é de que ele teria se afastado para fazer uma rampa menos inclinada, o que daria um conforto maior para os passageiros”, explicou.

Era tarde de uma sexa-feira, 5 de novembro, quando o avião bimotor de pequeno caiu em uma cachoeira após bater em um cabo de uma torre de distribuição da Cemig.

Gostou deste story?

Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!

Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!

Leia Mais