O medicamento Mounjaro (tirzepatida), da farmacêutica Eli Lilly, continua sem data definida para lançamento no Brasil, apesar das crescentes especulações de que o produto estaria prestes a desembarcar no país, inclusive com rumores de chegada em junho. Nenhuma nota oficial foi emitida pela empresa, que ensaia a entrada do fármaco no mercado nacional há mais de dois anos.
A ausência de confirmação oficial e o prolongamento dessa indefinição acabaram gerando um efeito colateral relevante: uma retração no mercado. Muitos profissionais de saúde e pacientes têm optado por aguardar o novo medicamento, adiando decisões clínicas ou a aquisição de outras terapias já aprovadas. Isso criou um cenário de expectativa contida e um leve arrefecimento nas movimentações comerciais no segmento de tratamentos para obesidade e diabetes.
Muito desse movimento de cautela, segundo fontes do setor, também está relacionado ao impacto da carga tributária brasileira. Ao realizar projeções de preço com base nos altos impostos e custos de importação, a Lilly teria se surpreendido com os valores finais estimados. Internamente, a expectativa é de que o Mounjaro chegue ao mercado com um preço superior a R$6.810,12, o que poderia comprometer significativamente a competitividade do produto frente a outras terapias já estabelecidas e disponíveis no país.
Enquanto a demanda segue alta e o interesse da comunidade médica se mantém, o silêncio da farmacêutica deixa o mercado em compasso de espera. A recomendação, por ora, é de cautela: até que haja uma posição oficial da Lilly, tudo permanece no campo das previsões. A chegada do Mounjaro ao Brasil, embora desejada, segue como uma incógnita — tanto em termos de data quanto de viabilidade comercial.
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