No cenário da economia criativa, marcada por inovação, diversidade e transformação social, uma figura vem ganhando protagonismo: o administrador com foco em gestão de projetos sustentáveis. Mais do que um agente operacional, esse profissional é um estrategista responsável por conectar arte, impacto social e viabilidade econômica, garantindo que iniciativas criativas sobrevivam, prosperem e gerem legados duradouros.
A gestão estratégica aplicada ao entretenimento tem se mostrado essencial em um setor historicamente caracterizado pela informalidade e pela falta de planejamento de longo prazo. Com conhecimento técnico em planejamento, captação de recursos, métricas de impacto e responsabilidade socioambiental, o administrador se torna a engrenagem que transforma ideias artísticas em negócios sustentáveis.
Um exemplo concreto dessa atuação é o trabalho de Zenildo Raphael Pereira de Souza, administrador formado pela Universidade Federal de Pernambuco, com especializações em Gestão de Projetos, Estratégia orientada por dados e Desenvolvimento Sustentável. Zenildo atua na interseção entre arte, gestão e sustentabilidade, estruturando projetos culturais com base em cronogramas, indicadores, análise de impacto e estratégias de expansão. “Projetos artísticos podem transformar realidades, mas precisam de gestão para se manterem vivos e eficazes”, afirma.
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De acordo com a UNESCO (2022), a economia criativa movimenta globalmente mais de 2,25 trilhões de dólares e emprega cerca de 30 milhões de pessoas. No Brasil, segundo a Firjan (2022), esse setor já representa 3,11% do PIB. Ainda assim, muitos projetos culturais não alcançam seu potencial por falta de estrutura gerencial. É nesse ponto que o gestor de projetos sustentáveis se torna decisivo — trazendo não apenas organização, mas também estratégias alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e práticas de inclusão social, eficiência de recursos e retorno coletivo.
Projetos como o AfroReggae, no Rio de Janeiro, demonstram como a presença de uma equipe de gestão profissional transforma oficinas culturais em polos de desenvolvimento humano e geração de renda. Já na música, artistas como Emicida e Liniker evidenciam a importância da gestão estratégica para a sustentabilidade de suas carreiras e iniciativas. A Laboratório Fantasma, por exemplo, é um case de modelo de negócio integrado, que une arte, moda e ativismo com base em fundamentos sólidos de administração.
“Um projeto sustentável exige mais do que paixão — precisa de metas, orçamento, monitoramento e, principalmente, propósito alinhado com resultado”, explica Zenildo. Segundo a PwC (2023), projetos com planejamento estratégico têm 35% mais chance de atrair financiamento privado e 25% mais visibilidade institucional. Esses dados confirmam o que o setor cultural já vivencia: sem gestão, não há perenidade.
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O administrador, portanto, não é apenas um coadjuvante nos bastidores da arte. Ele é o elo entre a criação e o impacto. É quem transforma sonhos em estrutura, ideias em plano de ação e talento em legado. Num mundo onde a cultura é cada vez mais vetor de transformação, sua atuação estratégica é, também, uma forma de arte — a arte de fazer acontecer com responsabilidade e visão de futuro.
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