Cruzamento de dados públicos, inteligência artificial e anonimato: plataforma brasileira oferece uma nova camada de proteção para quem quer se prevenir em encontros iniciados pela internet
Com a popularização dos aplicativos de relacionamento e a informalidade dos primeiros encontros, aumentam também os riscos para quem se expõe a novas conexões. No Brasil, um em cada três relacionamentos começa pela internet, e ao mesmo tempo, casos de violência envolvendo parceiros afetivos continuam crescendo. Segundo dados da pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil” (2025), do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Datafolha, cerca de 8,9 milhões de brasileiras foram vítimas de agressões físicas no último ano.
Nesse cenário, soluções tecnológicas começam a surgir como aliadas para reduzir a vulnerabilidade nas fases iniciais de vínculos afetivos. Uma das iniciativas que têm ganhado espaço é o Checki, plataforma que permite a qualquer pessoa verificar antecedentes de um pretendente antes de um encontro presencial. A proposta é oferecer acesso a informações públicas de forma rápida, segura e sigilosa, especialmente em situações em que há dúvida sobre a identidade ou o histórico de alguém conhecido pela internet.
A verificação é feita a partir de dados simples, como nome completo, telefone ou data de nascimento. Caso o usuário tenha o CPF, o resultado se torna mais completo, mas esse dado não é obrigatório para iniciar a busca. Após a inserção das informações, o sistema realiza uma varredura automatizada em bases públicas, como tribunais de justiça e registros oficiais.
O diferencial, segundo os criadores da plataforma, está na combinação entre análise automatizada, linguagem acessível e respeito à legislação brasileira. O Checki utiliza inteligência artificial para gerar um relatório direto ao ponto, incluindo histórico criminal, processos em andamento e uma pontuação de risco com base nos dados encontrados. A tecnologia é estruturada para funcionar dentro dos parâmetros da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e com total anonimato: a pessoa verificada nunca é notificada e quem faz a consulta não tem seus dados expostos.
De acordo com a equipe responsável pela plataforma, o serviço tem sido utilizado principalmente por mulheres entre 18 e 35 anos, especialmente aquelas que usam aplicativos de namoro ou redes sociais para conhecer novas pessoas. Também cresce a adesão entre mães, amigas e familiares preocupadas com a segurança de alguém próximo. Para Thaine Mororo, fundadora do Checki, o objetivo não é fazer julgamentos, mas ampliar o acesso à informação em um momento decisivo. “A ideia é que cada mulher possa decidir com mais segurança. Quando a gente tem dados, a gente tem escolha”, afirma.
Além do uso individual, a empresa destina parte do valor arrecadado com as verificações a institutos que atuam na proteção de mulheres, contribuindo para iniciativas mais amplas de enfrentamento à violência.
Embora ainda seja uma ferramenta nova no país, o Checki já registrou mais de 5 mil usuárias e tem ganhado visibilidade principalmente entre influenciadoras e criadoras de conteúdo voltadas à segurança feminina. Os relatos de quem evitou encontros após receber o relatório com alertas reforçam o potencial da tecnologia como aliada na prevenção de situações de risco.
A plataforma pode ser acessada pelo site checki.com.br, e o serviço está disponível para qualquer pessoa que deseje consultar o histórico de terceiros com base em dados públicos. Embora a proposta tenha nascido voltada para mulheres em relações heteroafetivas, o uso é possível para qualquer gênero ou tipo de relação.
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