Em alusão ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio e de valorização da vida, a psicóloga clínica Fernanda Guilloux (@psifernandaguilloux) conduziu uma palestra que trouxe à tona um dos temas mais urgentes da atualidade: a saúde mental dos homens e o impacto do silêncio emocional.
O encontro aconteceu no restaurante Xavier, em um evento idealizado pela consultora de imagem Melissa Camassola e que contou com a acolhida especial da Reunatologista Tamara Mucenic, esposa do Xavier e anfitriã da noite. Em um ambiente descontraído e acolhedor, Fernanda abordou, de maneira clara e sensível, os desafios que os homens enfrentam para lidar com suas emoções e buscar apoio.
Quem é Fernanda Guilloux
Psicóloga clínica e pós-graduada em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), Fernanda Guilloux tem se destacado pelo trabalho dedicado à saúde mental masculina. À frente da clínica @conexaoopsii, da qual é CEO, ela oferece atendimentos acessíveis e de qualidade, com o propósito de democratizar o acesso à psicoterapia e promover bem-estar emocional. Sua atuação é marcada pela defesa de que falar sobre sentimentos, pedir ajuda e desconstruir crenças rígidas sobre masculinidade são passos fundamentais para evitar o adoecimento psíquico.


O silêncio que adoece
Durante a palestra, Fernanda destacou como o modelo tradicional de masculinidade, baseado na ideia de que o homem deve ser forte, resistente e inabalável, se torna um fator de risco à saúde. “A dificuldade em expressar vulnerabilidade não é apenas uma escolha individual, mas um reflexo de uma crença social enraizada desde a infância: a de que fragilidade equivale a fracasso”, explicou.
Esse padrão, segundo a especialista, gera consequências graves: doenças psicossomáticas como gastrite e hipertensão, dificuldades nos relacionamentos afetivos, isolamento social, ansiedade de desempenho e até disfunções sexuais. Além disso, está diretamente ligado ao dado mais alarmante: os homens ainda representam a maioria nos índices de suicídio, muitas vezes pela resistência em procurar ajuda e pelo uso de métodos mais letais.
O papel da psicoterapia
Fernanda ressaltou como a Terapia Cognitivo-Comportamental pode ajudar a romper esse ciclo, ao reestruturar crenças disfuncionais como “preciso resolver tudo sozinho” e “não posso demonstrar fraqueza”. A psicoterapia, segundo ela, oferece ferramentas para desenvolver habilidades emocionais, ampliar a resiliência e construir vínculos mais saudáveis.
“Saúde mental não significa ausência de sofrimento, mas a capacidade de enfrentar adversidades de maneira adaptativa, preservando o bem-estar e a dignidade humana. É hora de ressignificar papéis e compreender que pedir ajuda é um ato de coragem”, afirmou.
Reflexão para além do Setembro Amarelo
O evento, que reuniu mulheres em uma atmosfera de troca e acolhimento, reforçou a importância de se olhar para a saúde mental masculina como pauta contínua, e não apenas durante o mês de prevenção ao suicídio. Ao final, Fernanda deixou um convite à reflexão coletiva: romper o silêncio masculino é fundamental para salvar vidas e construir relações mais autênticas.

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