Cláudia Alencar, Luciana Gimenez, Miguel Falabella e Wesley Safadão estão entre os brasileiros que já passaram por cirurgia de coluna, mostrando que o procedimento é comum até entre personalidades públicas e reforçando a importância do diagnóstico precoce.
As cirurgias de coluna desempenham um papel fundamental na recuperação de pacientes que enfrentam dores intensas e limitações de mobilidade. Esses casos, quando compartilhados publicamente, ajudam a dar visibilidade ao tema e a conscientizar sobre a necessidade de acompanhamento médico adequado, além de mostrar como a cirurgia pode devolver qualidade de vida aos pacientes.
Mas afinal, em quais situações a cirurgia é necessária, quais são os riscos e como funciona a recuperação? Para responder, o neurocirurgião Dr. Mateus Tomaz, especialista em técnicas minimamente invasivas, esclarece os principais pontos.
Quando a cirurgia é realmente indicada?
Nem toda dor nas costas exige cirurgia. O procedimento é reservado a casos mais graves, quando há comprometimento neurológico.
“A cirurgia costuma ser indicada quando há déficit neurológico, como perda de força, alterações de sensibilidade, dificuldades para urinar ou caminhar. Esses sinais dificilmente melhoram sem intervenção. Já quando o problema está restrito à dor, sem comprometimento neurológico, tratamentos conservadores — fisioterapia, medicamentos, bloqueios e reabilitação postural — ainda podem trazer bons resultados.”
As técnicas mais modernas
A evolução tecnológica transformou a cirurgia da coluna, tornando-a menos agressiva e com recuperação mais rápida.
“As mais modernas são as cirurgias minimamente invasivas, como a endoscopia da coluna, tanto lombar quanto cervical. Elas permitem operar com pequenas incisões, menor agressão muscular, menos dor e alta precoce. Também existem os tratamentos regenerativos, como bloqueios e infiltrações com células-tronco, que podem até adiar ou evitar uma cirurgia.”

Quais são os riscos?
Toda cirurgia envolve riscos, mas as técnicas atuais permitem reduzi-los significativamente.
“As complicações mais comuns são relacionadas aos nervos e à medula, além de infecções ou dor persistente. Hoje, esses riscos são muito menores graças a microscópios, endoscópios de alta definição e técnicas menos agressivas. Isso garante maior precisão, menor sangramento e índices de complicação bastante baixos em centros especializados.”
Recuperação: do hospital à vida normal
Ao contrário do que se imagina, a recuperação pode ser bastante rápida em cirurgias minimamente invasivas.
“Na maioria dos casos, o paciente já pode levantar e caminhar no mesmo dia. Nos primeiros dias, deve evitar esforços e carregar peso. Após uma semana, pode iniciar alongamentos leves, e em até 14 dias, começa a fisioterapia. Em poucas semanas, já retoma grande parte das atividades, sempre com acompanhamento médico e fisioterapêutico.”
O resultado é definitivo?
O sucesso depende não só da cirurgia, mas também dos cuidados adotados pelo paciente depois dela.
“Nenhuma cirurgia de coluna é totalmente definitiva. Normalmente retiramos apenas a parte do disco que comprime o nervo, então há chance de recidiva. Mas quando o paciente cuida do peso, pratica exercícios físicos e mantém postura adequada, as chances de retorno diminuem muito. A cirurgia traz alívio duradouro, mas a prevenção depende de hábitos de vida.”

Sobre o especialista
Dr. Mateus Tomaz – Neurocirurgião
O Dr. Mateus Tomaz é neurocirurgião com vasta experiência em cirurgia minimamente invasiva da coluna, especialmente pela técnica de Cirurgia Endoscópica, que garante rápida recuperação e menor agressão ao corpo. Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, é mestre em Ciências da Saúde, com pesquisa voltada à validação de escalas funcionais aplicadas à neurocirurgia. Seu compromisso é aliar ciência, técnica e cuidado humanizado para devolver qualidade de vida aos pacientes.
Contato: @dr.mateustomazneuro
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