A cantora Michele Andrade, uma das vozes femininas mais marcantes do Nordeste, está prestes a lançar um novo videoclipe que promete unir moda, arte e cultura popular. Conhecida por valorizar suas raízes e por trazer autenticidade em cada projeto, Michele idealizou uma ação inédita: convidou crocheteiras de todo o Brasil para participar da plotagem de seu carro com peças de crochê — um símbolo de afeto, identidade e expressão feminina.
A proposta nasceu do desejo da artista de celebrar o trabalho manual e dar visibilidade às mulheres que, com fios e agulhas, constroem verdadeiras obras de arte. A ação, que ganhou força nas redes sociais, mobilizou dezenas de grupos e coletivos de crocheteiras em diferentes estados, criando uma grande rede colaborativa de moda artesanal.
“O crochê é muito mais do que uma técnica — é uma forma de contar histórias, de transmitir carinho e de representar a força da mulher nordestina. Quis transformar isso em arte viva no meu clipe”, afirma Michele Andrade.

O crochê, técnica milenar de entrelaçar fios com agulha, tem origem incerta: há registros de práticas semelhantes no Egito Antigo, na China e em partes da Europa desde o século XVI. Popularizado entre mulheres europeias no século XIX como forma de sustento e expressão artística, o crochê atravessou séculos e fronteiras, consolidando-se como símbolo de resistência, delicadeza e criatividade feminina.
No Brasil, o crochê ganhou força nas comunidades nordestinas, passando de geração em geração e carregando histórias, memórias e pertencimento. Hoje, essa tradição se reconecta à moda internacional: marcas como Chanel, Dior, Prada, Stella McCartney, Bottega Veneta e Valentino resgataram o feito à mão em suas coleções. O crochê foi destaque nas passarelas da Paris e da Milão Fashion Week 2024, reafirmando a tendência do slow fashion e o valor da sustentabilidade e da identidade cultural.
O projeto também assume um caráter social e econômico: muitas mulheres dependem do crochê como fonte de renda, seja como atividade principal ou complementar. Ao convidá-las para participarem do clipe, Michele cria uma ação que gera visibilidade, reconhecimento e oportunidades reais para crocheteiras que, muitas vezes, vivem da produção artesanal.

A iniciativa ainda fortalece redes locais, estimula a autonomia financeira feminina e reforça o papel do artesanato como pilar da economia criativa e da moda consciente.
“Cada peça carrega uma história. É sobre moda, mas também sobre pertencimento, representatividade e sobre dar espaço a quem cria com o coração”, completa Michele Andrade.
O videoclipe do single “Sigilinho”, que será lançado em 17 de outubro, promete um impacto visual potente: um carro totalmente revestido por crochês coloridos feitos à mão. A cena traduz a essência de Michele Andrade — forte, nordestina, autêntica e conectada às novas linguagens da moda e da cultura brasileira.

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