Afastado das novelas desde a participação especial em Fuzuê (2023), Rômulo Arantes Neto falou abertamente sobre uma das dores mais profundas de sua trajetória pessoal: a perda precoce do pai, o ator e ex-nadador olímpico Rômulo Arantes, que morreu em 2000, aos 42 anos, após um acidente aéreo com um ultraleve. Ainda criança na época, o ator relembrou como esse luto marcou sua formação emocional.
Ao recordar a convivência entre pai e filho, Rômulo descreveu uma relação de forte afeto e admiração, muito ligada ao esporte. “Eu era completamente apaixonado por ele, muito fã. Era carismático, querido, me ensinava todos os esportes. A gente tinha um relacionamento muito bonito”, afirmou. A perda repentina trouxe mudanças bruscas à sua vida: ele precisou deixar a casa onde morava e passar a viver com a mãe, enfrentando a dor de forma silenciosa. “Foi muito sofrido, e eu guardei tudo para mim”, contou.
Luto, terapia e o esporte como apoio
Em conversa com Cissa Guimarães, o ator refletiu sobre o impacto de perder o pai ainda tão jovem, destacando também o peso simbólico de hoje estar próximo da idade que ele tinha ao morrer. “Foi um processo muito doloroso, sofri bastante sozinho”, disse. Segundo Rômulo, a terapia teve papel fundamental para ajudá-lo a lidar com esse período e aprender a conviver com a ausência. “Aos poucos, a gente vai tentando aliviar a dor, porque machuca muito, mas a vida segue”.
O esporte, legado direto do pai, tornou-se uma ferramenta essencial nesse processo de superação. “Sempre me ajudou muito praticar esporte, foi uma verdadeira válvula de escape”, explicou. “É uma terapia, a forma que encontrei de extravasar a dor.” Rômulo Arantes, além de ator, foi um dos grandes nomes da natação brasileira, campeão nacional e representante do país em três Olimpíadas. Para o filho, essa herança permanece viva não só na memória, mas também no corpo e na maneira de encarar a vida.
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