O Ibama devolveu neste domingo (30) a capivara Filó ao influenciador Agenor Tupinambá.
O órgão público estava com o animal desde que o tiktoker foi acusado de cometera buso, maus-tratos e exploração. Porém, a Justiça determinou que bicho voltasse a viver com o jovem.
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Agenor é um ribeirinho da cidade de Autazes, a 111 km de distância de Manaus, no Amazonas. Ele cuidava de Filó desde que a capivara era filhote, alegando que a mãe dela teria sido morta por caçadores. O influenciador compartilhava o dia a dia com os animais silvestres que vivem com ele, o que foi considerado exploração pelo Ibama.
Então, o órgão público determinou que o tiktoker entregasse a capivara. Porém, após grande mobilização do jovem, de personalidades públicas e de internautas, a Justiça concedeu a tutela provisória de Filó ao ribeirinho.
Conforme o R7 noticiou, “Pelos diversos vídeos publicados, constata-se que o autor, morador de zona rural de um pequeno município do interior do estado do Amazonas, vive em perfeita simbiose com a floresta e com os animais ali existentes. Não há muros ou cercas que separam o casebre do autor em relação aos limites da floresta. Os animais circundam a casa e andam livremente em direção à residência ou no rumo do interior da mata.
Não há animais de estimação na casa do autor porque o seu quintal é a própria Floresta Amazônica. Percebe-se, portanto, que não é a Filó que mora na casa de Agenor. É o autor que vive na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos na Amazônia, realidade muito difícil de ser imaginada por moradores de outras localidades urbanas do Brasil.
Ante o exposto, concedo a tutela provisória de urgência para que, até o desfecho da lide, seja deferida a guarda provisória da capivara Filó a Agenor Bruce Tupinambá. Como consequência, determino que o IBAMA seja compelido a fazer a entrega do animal ao autor, imediatamente”, disse o juiz Márcio André Lopes Cavalcante na decisão.
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O magistrado também determinou que o transporte de Filó da sede do Ibama para a casa do influenciador seja feita de maneira segura e com o acompanhamento de um biólogo ou veterinário. Além disso, o ribeirinho também é obrigado a informar as condições de saúde do animal periodicamente a um juiz e facilitar o acesso de órgãos ambientais para a fiscalização.
“Infelizmente a gente teve dificuldade, mas conseguimos resolver aqui depois de quatro horas, o que é uma vergonha, porque a sentença era de cumprimento imediato e isso não foi feito”, disse Joana Darc, deputada estadual pelo Amazonas, que ajudou Agenor a recuperar a tutela de Filó.
A capivara deixou o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), em Manaus, sob muitos aplausos. Inclusive de um homem fantasiado de Batman, que abraçou Joana Darc e Agenor na saída da dupla do local.