Segundo a médica veterinária Leticia Alves, animais das raças de focinhos curtos, como Persas e British Shorthair tendem a sofrerem mais com a condição climática que atinge o país
O período de estiagem vivido por grande parte dos estados brasileiros desperta a atenção e recomendações especiais para manter a saúde do homem em dia. Com a mesma condição de cuidados, tutores de pets devem estar atentos para que os bichos não sofram e permaneçam com ótimo bem-estar neste período crítico que envolve a condição climática.
De acordo com a médica veterinária, Leticia Alves, especializada no atendimento de gatos, assim como acontece com o ser humano e, principalmente, com as crianças; o tempo seco afeta diretamente os felinos. Proprietária da clínica FelCare, que atende exclusivamente gatos, a médica veterinária destaca que neste período de secura é notório que tipos de vírus podem afetar o sistema respiratório superior, sendo mais acometidos por esses efeitos prejudiciais.
“Os gatos com raças de focinhos curtos, como os Persas, os British Shorthair, entre outros são bastante prejudicados. Devido às alterações anatômicas e funcionais do sistema respiratório superior, eles possuem um funcionamento ruim quando falamos de respiração”, pondera a especialista. Muitos desses gatos já lidam, cronicamente, com diagnósticos como rinite e asma e, o tempo com umidade reduzida só piora essa questão”, completa.
O sistema respiratório dos gatos é dividido em duas partes: superior e inferior. O nariz, a garganta e a laringe fazem parte do sistema respiratório superior, enquanto a traqueia e os pulmões se enquadram no inferior. Entre os sintomas típicos de problemas no trato respiratório superior estão inclusos espirros e corrimento nasal, além de roncos. Neste período de estiagem é comum a aparição de doenças no trato respiratório inferior, como tosse, respiração ofegante, dificuldade em respirar, falta de ar ou, ainda, a respiração com a boca aberta. Os sintomas são acompanhados por febre, falta de apetite e saúde debilitada.
“É importante que o tutor esteja atento à caderneta de vacinação, especialmente, nos filhotes para que se evite a disseminação desses vírus respiratórios. Independente de raça ou diagnóstico, a recomendação geral é manter uma alta na umidade do ar na residência desses animais. Também é aconselhável que se evite o acesso da areia do quintal e realizar a hidratação frequente do pet”, destaca.
A especialista orienta que é possível aderir pela utilização de um umidificador de ar, higienizadores de ar e estofados, nebulização e caso necessário realizar uma lavagem nasal. “Umidificadores espalhados pela casa se torna uma forma mais fácil de manter o ar com uma qualidade melhor”, explica a médica veterinária, Leticia Alves que, ainda faz um alerta: “Não menos importante que tudo isso, é importante realizar a limpeza da casa com produtos que não contenham cheiros excessivos, pois podem vir a prejudicar a qualidade da respiração do gato.”
Os problemas respiratórios nos gatos, certamente, são um assunto sério. A observação dos tutores no comportamento de seus bichanos é muito importante e, diante de reações estranhas é aconselhável, uma visita imediata ao veterinário. Deve ter especial atenção nos casos de falta de ar ou na presença de descoloração azulada das membranas, situações em que o médico veterinário poderá excluir a possibilidade de um problema fatal e identificar a causa do problema.