Paulinho é um engenheiro mecânico de formação e como ele brinca, apesar disso, gosta de pessoas, pois o que pulsa em seu coração é na área do desenvolvimento humano. Ele se transformou em um treinador de pessoas por vocação, recebendo o nome de “Engenheiro da Mente”. “Descobri nesse tempo que eu não gostava do meu trabalho por causa do salário e das viagens, mas sim, porque me trazia interesse na transformação das pessoas e essas mudavam as empresas.
A forma de se comunicar é a melhor ferramenta para que essa transformação seja entregue, por isso fui buscar diversas ferramentas para poder ajudar qualquer pessoa a se desinibir e trabalhar sua comunicação para que seja mais magnética, atraindo as pessoas que quer, e afastando aquilo que não quer.
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Tudo começa pela mentalidade, trabalhando o lado emocional. Se você quer se comunicar melhor, perder medo de falar em público, trabalhar sua voz e emoções, não tem outra ferramenta que o ajudará, senão a Comunicação Magnética”, conta o Especialista.
Quando era criança, como toda criança tem aquela curiosidade de saber sobre tudo, o porquê das coisas? Quando os pais respondiam “por que sim”, Paulinho dizia “porque sim não é resposta”, ele cresceu e foi criado em uma doutrina evangélica bem rígida, talvez a obediência aos pais fosse algo que ele mais ouvia, mas logo aprendeu que os pais também não deviam provocar a ira em seus filhos.
“Me lembro como hoje, que eu havia ganho um helicóptero de presente e achei incrível algo que acontecia quando eu rodava com ele no chão, as hélices dele se movimentavam. Uau! É mágico! Me dei conta que algo mais acontecia por ali então eu entrei em meu quarto com uma chave de fenda e tentei abrir aquele brinquedo de várias maneiras.
Eu queria saber como aquilo funcionava, queria descobrir o mecanismo de funcionamento daquele simples brinquedo de fricção. Quando eu já estava quase desistindo, minha mãe entrou no quarto e me pegou em flagrante, já descontrolada e brava ela pergunta o que eu estava fazendo, inocente respondo: ‘Eu quero saber como funciona, estou tentando abrir para ver como é dentro’, ela ficou muito brava, pegou o helicóptero novinho e quebrou na minha frente, ela estava com descontrole Emocional, hoje como pai vejo que muitas vezes isso pode acontecer”, afirma o Engenheiro da Mente.
Paulinho, cresceu com a curiosidade de querer saber como as coisas e máquinas funcionavam então foi para a área de eletrônica, onde aprendeu a montar computadores, no primeiro emprego aos 16 anos, um estágio em uma universidade foi apresentou a um mundo que não conhecia, as palestras.
“Eu trabalhava num departamento chamado recursos áudio visuais, onde era responsável, junto com outros, de reservarmos vídeos cassetes com televisões de tubo e levarmos nas salas de aula com as devidas fitas já rebobinadas para que os professores exibissem aos seus alunos. Uma das tarefas que tínhamos era conferir a qualidade de fitas após voltarem e fazermos cópias das mesmas em novas fitas.
E quando comecei a fazer essas cópias, percebi que os assuntos eram muito bons e eu fiquei envolvido naquelas histórias que os palestrantes contavam, era a época das palestras motivacionais nas empresas e um dos nomes que me lembro bem é Daniel Godri. Ele e outros de sua época despontavam pelo bom humor, terno demodê e uso da motivação, não necessariamente na mesma ordem”, explica.
Chamava a atenção do Paulinho a forma como eles envolviam a plateia. “A vida é uma caixinha de surpresas, eu estudava eletrônica, a vida me levou a montar computadores, na época em que conectávamos com o servidor da Fapesp e era o único servidor acessível.
Eu lembro até hoje de conseguir ver o ombro da Sheila Carvalho, era só o que dava tempo com o uso da sala de computadores da biblioteca da faculdade que eu trabalhava”, conta o Especialista.
Na faculdade Paulinho conheceu sua esposa e um tempo após de formados se casaram. A carreira de Engenheiro começou em uma pequena metalúrgica em Guarulhos, pelo cargo, ele percebeu que era necessário realizar um treinamento na área da qualidade e novas oportunidades surgiram, voltados para a área de auditorias da qualidade, mas algo reacendeu por meio das palestras.
“No treinamento que realizei, tive a oportunidade de ler vários livros em bem pouco tempo e logo estávamos assistindo novas palestras e vi que o mundo tinha mudado um pouco, mas os palestrantes não. Claro que não tínhamos uma grande difusão da internet ainda, mas a maioria das pessoas já possuíam ao menos um computador em casa, mesmo que sem internet. Ao sair dessa empresa fiquei um tempo desempregado. Entrei para uma empresa chamada IMBRA, implantes odontológicos, famosa por investir milhões de reais em propaganda de TV, mas eu sofria assédio moral e para me isolar, passei a ter como escritório uma sala de compressores da clínica que tinha na sede da empresa, e como o ar condicionado lá era forte, eu tomava aquele gelo todo o dia. Engordei muito e lá quase cheguei a 100 kg, com 30 e poucos anos, pressão alta, gordura no fígado e uma pneumonia dupla. A ponto do médico me dizer: se quiser continuar vivo, precisa sair dessa empresa.
Cheguei a ter episódios de dissociação, ou seja, me via fazendo coisas que não faria normalmente, em sã consciência, mas era como se eu estivesse no piloto automático, quase surtando para esquizofrenia. Passando por terapia com a psicóloga ela me disse que eu passava por burnout, e que eu precisava tratar”, relembra.
Paulinho saiu da empresa para iniciar uma pós-graduação em Gestão de Manutenção, conheceu um dos meus mentores na área, que admirava por sua eloquência diferente dos outros professores. “Comecei a trabalhar com ele em sua empresa e entrei para a área de Engenharia de Confiabilidade, na empresa que estou até hoje, SQL Brasil. Percebi que era necessário saber mais sobre gestão de pessoas, já que as máquinas falham e boa parte dessas falhas são causadas por erros humanos, mas a confiabilidade humana, a matéria que visa eliminar ou mitigar esses erros, olha o lado da máquina e do processo e não do ser humano em si.
Vim pelo caminho contrário e conheci o mundo das formações de Coaching e foi em um desses treinamentos que o meu chamado chegou: ILUMINAR O CAMINHO DAS PESSOAS ATRAVÉS DA MINHA VOZ. Com a intenção de melhorar minha dicção e didática, criei um Podcast, em áudio na época, o Coachcast Brasil, e em Janeiro de 2016 foi lançado o primeiro episódio, e até hoje está no ar e já com mais de 1770 episódios lançados, fora especiais”, explica.
Como engenheiro, Paulinho atuou com consultoria e treinamentos, viajou bastante a trabalho, conheceu quase todos os estados do Brasil, além de ter coordenado um projeto em Angola e outro nas Filipinas. “Montei algumas dinâmicas, uma de levitação, onde eu peço para as pessoas me levantarem, eu representando a máquina e cada um deles representando as pessoas envolvidas.
Caso um deles vacile, eu caio. O interessante é que após a primeira levantada, eu faço um desafio, pedindo para fecharem os olhos e então induzo a pensarem que estou mais leve e na segunda vez que me levantam, eles o fazem bem mais alto. É o poder da mente e isso me conectou muito com o pessoal.
Os facilitadores que lá treinei viraram amigos, pois começamos a viajar juntos de avião por todas as plantas que ficavam em outros estados e cidades, eu tive a oportunidade de ir até lugares que muitos sonham”, relata.
Como o Paulinho já sabia como as máquinas funcionam, precisava descobrir como as pessoas funcionavam e se relacionavam, e para isso, foi aprender tudo que se relaciona com o ser humano e os métodos de mudanças do comportamento, incluindo o curso de Trainer em PNL, programação neuro-linguística com John Grinder, um dos co-criadores da metodologia, além de formação de improviso e palhaço com Márcio Ballas. “Isso me trouxe um arcabouço de conhecimento para minha prática diária e poder ajudar outras pessoas a falar em público definitivamente”, concluiu Ele.
Para saber mais sobre o Engenheiro da Mente siga o Instagram @opaulinhosiqueira