A escola de samba da Série Ouro do Rio de Janeiro Império Serrano apresentou seu samba enredo na Sapucaí, na madrugada deste domingo (11), que exalta a resistência da cultura africana no Brasil, marcada pela discriminação racial e intolerância religiosa. O Império disputa uma vaga entre as escolas do Grupo Especial.
Neste ano, a empresária Darlin Ferrattry, mãe da cantora Lexa, surgiu glamorosa como rainha da bateria, acompanhada por um enredo cheio de referências às religiões de matriz africana e aos elementos culturais ligados a região que simboliza o reino de Ilú-oba Oyó.
“Eu venho com uns 12 orixás do meu lado. Eu represento Deus acima de tudo. A criação feminina. Olha esse presente de carnavalesco me deu. Não vou falar de dinheiro, vou falar só de alegria”, disse Darlin.
“Meu coração está a mil. Não existe Império ou Bangu ou qualquer outra. Existe uma irmandade entre as escolas, que a gente atravessa essa avenida, e lá no final Deus aponta e fala, ‘Essa!’. E no final a gente faz uma grande celebração no desfile das campeãs. Isso aqui é o Carnaval. Uma festa da alegria, da união e não da separação.”
Foto: Beatriz Damy / Brazil News
A escola teve como samba-enredo Ilú-oba Oyó: A Gira dos Ancestrais. Ilú-oba Oyó era o nome dado a um império antigo, que representava o território que hoje é a Nigéria, Togo e Benin, na África. O Império Serrano fala sobre os elementos religiosos africanos do local trazidos ao Brasil durante a diáspora no continente.
Foto: Beatriz Damy / Brazil News
Foto: Beatriz Damy / Brazil News
