Nos últimos anos, testemunhamos uma crescente e marcante mudança no cenário dos patrocínios no futebol brasileiro, à medida que as empresas de apostas esportivas emergem como protagonistas na busca por visibilidade e reconhecimento. Essa transformação revela não apenas uma alteração nas fontes de receita dos clubes, mas também uma mudança cultural na aceitação e integração das apostas esportivas na sociedade.
Por muito tempo, o mercado de apostas esportivas era visto com péssimos olhos por boa parte da sociedade brasileira, prova disso é o fato de ter sido considerado como ilegal até o final de 2018, quando o então presidente, Michel Temer, legalizou as chamadas “apostas de quota fixa”. Esse foi o ponto inicial para uma proliferação de empresas que começaram a explorar o mercado brasileiro, ganhando um número significativo de adeptos e apresentando um crescimento exponencial.
De mercado periférico à patrocinador master dos maiores clubes do Brasil
É de notável conhecimento que no lugar de tradicionais patrocinadores, como marcas de bebidas e empresas de telecomunicações, as plataformas de apostas têm assumido o papel de protagonistas, influenciando diretamente a dinâmica financeira e estratégica dos clubes de futebol no país.
Atualmente, 15 dos 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro possuem contratos de patrocínio master com casas de apostas esportivas (a exemplo de https://br.netbet.com/). Apenas Internacional, Grêmio, Cuiabá, Palmeiras e Bragantino estão fora dessa lista.
Os valores dos patrocínios são impressionantes. Recentemente, o Corinthians fechou uma parceria com a empresa “VaideBet” que prevê o pagamento de R$ 360 milhões ao longo de três anos, com direito a luvas de R$ 10 milhões. Em números, esse é o maior contrato de patrocínio master da história do futebol brasileiro. Já o Flamengo, que possui o segundo maior valor de patrocínio, também possui parceria com empresa de aposta esportiva, no caso do Flamengo é a “PixBet” e os valores giram em torno de R$ 85 milhões.
Regulamento do setor pode ampliar ainda mais os investimentos no futebol
No ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou um novo texto sobre o ramo de apostas esportivas no Brasil. No documento aprovado, as empresas que atuam nesse setor estão sujeitas a uma alíquota de 18% de tributação. Em contrapartida, os apostadores enfrentam uma taxa de 30% de Imposto de Renda sobre os prêmios que excedem a marca de R$ 2.112.
Por mais que, a priori, isso pareça um fator limitador tanto para as empresas, quanto para os consumidores, na verdade é algo que pode ampliar ainda mais os investimentos no futebol brasileiro. Isso porque, além de estabelecer regras tributárias, o texto também fornece uma maior segurança jurídica para que as entidades que atuam no segmento consigam operar sem maiores problemas.
Com isso, a tendência é que o mercado cresça ainda mais e, dessa forma, os investimentos em clubes e campeonatos importantes sejam frequentes. O que o mercado parece mostrar é que o jogo chegou a uma nova fase e quem parece dar as cartas nesse novo cenário são as casas de apostas.