“Esse Menino” avalia sucesso 1 ano após viralizar: “É o que realmente sei fazer”

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O humorista mineiro Esse Menino, de 26 anos, viu seu sonho artístico começar a se tornar real há um ano, quando publicou um vídeo humorístico interpretando o que seria o responsável pelos e-mails da Pfizer a Jair Bolsonaro sugerindo a venda de vacinas contra Covid-19.

“Só não mudei o nome de batismo. De resto, a vida inteira mudou. Mudei para uma casa em São Paulo, que era um sonho mega distante. Só de ter um dinheiro na conta, eu já tô feliz. Antes era aquele perrengue sem fim, de um trabalho para o outro e tentando administrar. Realmente não andava com minhas próprias pernas. Meu pai que me ajudava, mesmo assim com certa dificuldade. Hoje minha conquista maior é ser cem por cento independente e poder fazer o que quiser. Se eu quiser fazer qualquer projeto autoral, consigo bancar”, avalia.

Esse Menino já criava conteúdos para as redes sociais anos antes de viralizar, o que estava disposto a fazer até que seu trabalho fosse reconhecido.

“Meu plano B era fazer alguma coisa que não exigisse formação acadêmica e trabalhar nisso até que meu plano A desse certo. Nunca me dei oportunidade de ir para outro lado. Até viralizar, estava super disposto a ficar mais uns três anos correndo muito atrás, sem que a indústria soubesse quem eu era. É o que eu realmente sei fazer. Eu já trabalhei em loja de shopping, e minha chefe falava ‘Você é muito engraçado, mas muito ruim nisso aqui. Então, por favor, corre atrás do seu sonho porque você não sabe arrumar estoque nem ficar no caixa. É isso que você tem para fazer’. Honestíssima!”, relembra.

O sucesso na internet abriu portas de diversos trabalhos ao artista, como publicidades, participações especiais e, o que ele destaca, o programa do Multishow EsseMenino.mp3.

"Esse Menino" avalia sucesso 1 ano após viralizar: "É o que realmente sei fazer" - Foto: Reproducao / Instagram
“Esse Menino” avalia sucesso 1 ano após viralizar: “É o que realmente sei fazer” – Foto: Reproducao / Instagram

“Fico muito feliz que todo trabalho que me chamam para fazer me dão muita liberdade para criar e acrescentar ideias, até para filmes e séries. Se me dão essa oportunidade, é porque confiam mesmo. Mas ter feito o programa no Multishow foi uma realização muito grande. Primeiramente porque foi uma trabalheira, e depois pela confiança. Eu co-produzi, co-dirigi e gravei uma parte em que só entreguei o vídeo pronto e eles colocaram no ar. Foi muito especial”, relembra.

Em meio a tantas oportunidades, Esse Menino enxerga a importância de escolher bem os convites para construir a carreira que deseja. “Tenho a segurança de filtrar os trabalhos, sem o desespero de querer estar sempre na mídia. Se eu faço um projeto que não necessariamente vou me apaixonar, quando chega um pelo qual me apaixono, talvez não consiga fazer ou nem me chamem. Com isso, posso escolher a qualidade dos papéis”, acredita.

Depois de estourar em meio à pandemia e fazer diversos trabalhos na TV, o artista está prestes a voltar aos palcos para receber o público que agora o reconhece nas ruas e o cumprimenta por seus conteúdos.

“Dependendo de onde eu estiver, como um barzinho, querem contar a vida inteira e sentar no colo. É uma comoção (risos). Mas eu acho massa porque a galera me conheceu por causa de um vídeo e abraçou todo o resto que eu fiz, e o que eu sempre quis foi ter um público. Pretendo no fim do ano fazer uma turnê com produção própria. Algo mais teatral, diva pop. Quero exercitar esse músculo e ver as risadas de perto”, adianta.

Esse Menino retomou as redes sociais recentemente após um mês sabático. No anúncio de seu afastamento, ele fez desabafos sobre carreira e saúde mental, contando que usou seu primeiro cachê após viralizar para pagar um psiquiatra.

“Nesse período eu fiz absolutamente nada. Fiz muita terapia e visitei minha família, que eu não tinha visto desde que o vídeo viralizou. Estava sentindo falta de um restinho de vida real. Também coincidiu com o período em que tive o diagnóstico de depressão. Parei para realmente respirar, e veio o ócio criativo. Nesse tempo, eu entendi que as coisas passam. Fiz isso porque pude, já que tinha conseguido uma estabilidade financeira. Mas foi bom para lembrar o tanto que sou humano e perceber que estava me negando a ficar ansioso e triste depois do sucesso”, conta.

Um ano após ganhar o público, o humorista avalia sua trajetória artística e reflete sobre o ofício. “Artista é o ser mais importante. Já me diminuí porque não me sustentava com o meu trabalho ou porque não era reconhecido pelo que eu fazia. Ser artista é causar comoção em quem o assiste, é uma condição de estar disposto a se entregar ao que se propõe. Ser artista é se dedicar à arte, independentemente do retorno que se tenha”, conclui.

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