Por trás de alguns dos maiores feitos do funk brasileiro na grande mídia está uma mulher que aprendeu a transformar batidas em narrativas e talento em projeção: Ewellin Tavares, diretora de Comunicação da GR6, a maior produtora de música urbana da América Latina. Com uma carreira que atravessa 26 anos, ela se tornou referência em comunicação estratégica, posicionamento de marca e imprensa no universo do funk e da cultura periférica.
A paixão por contar histórias que gerou uma revolução
A trajetória de Ewellin Tavares começou cedo, movida por uma paixão quase visceral: contar histórias que importam. Assessora por vocação e experiência, ela mergulhou no universo da comunicação com o firme propósito de construir pontes entre a periferia e os holofotes.
Desde então, transita com naturalidade entre os bastidores e os estúdios de TV, entre a favela e grandes veículos como TV Globo, Record, SBT, RedeTV e Multishow. Ewellin não apenas ajudou a projetar artistas — ela traduziu uma cultura inteira para o idioma da grande imprensa.
A chegada à GR6: uma nova era para o funk
A virada definitiva em sua carreira veio em 2022, quando assumiu o departamento de Comunicação da GR6. A partir dali, o que era resistência virou estratégia, e o que era marginalização virou manchete. Sob sua liderança, artistas do funk passaram a ocupar espaços antes impensáveis: capas de revistas, programas de entrevista, colunas sociais, podcasts e mesas de debates culturais.
Ewellin promoveu uma verdadeira reestruturação narrativa do funk, reposicionando seus representantes não apenas como “vozes da favela”, mas como agentes culturais e empreendedores com peso econômico, estético e social.
Sensibilidade e estratégia: a fórmula por trás da visibilidade
O grande diferencial de Ewellin Tavares está em sua capacidade de unir técnica com empatia. Ela entende que divulgar um release é apenas parte do trabalho — o real desafio é construir narrativas que emocionem, informem e impactem.
Com isso, passou a ser procurada por marcas e veículos que antes ignoravam ou estigmatizavam o funk. Artistas que assessora deixaram de ser pautados apenas por polêmicas e passaram a protagonizar histórias inspiradoras e humanas.
“‘Não’ nunca foi ponto final para mim. É ponto de partida”, costuma dizer Ewellin, que é conhecida nos bastidores por sua persistência, ética e paixão pelo que faz.
Reconhecimento e impacto: muito além do funk
Ao longo dos anos, Ewellin Tavares também atuou em projetos de grande expressão, como a produção do programa Esquenta! com Regina Casé e o Programa Raul Gil, além de passagens pela direção e bastidores de emissoras como a RedeTV. Sua versatilidade se estende à comunicação corporativa, educacional, artística e até internacional.
Ela já foi responsável por ações de imprensa e imagem de artistas como Cristiano Araújo, Ferrugem, Belo, Carla Perez, Fat Family, KLB, MC Gui, Valesca Popozuda, Imaginasamba, Rodriguinho, entre muitos outros. E, no cenário internacional, trabalhou com nomes como Dionne Warwick, M.I.A., Lucenzo (autor de “Danza Kuduro”) e Black Eyed Peas.
Inspiração para a nova geração de comunicadores
Para além de sua atuação técnica, Ewellin Tavares tornou-se símbolo de representatividade. Mulher negra, periférica, que alcançou o topo de uma das maiores produtoras do continente, ela inspira jovens comunicadores — especialmente meninas negras — a acreditarem no poder da comunicação como ferramenta de transformação social.
Uma voz por trás de muitas vozes
Hoje, com uma trajetória sólida e resultados expressivos, Ewellin Tavares segue firme em sua missão: dar voz a quem sempre teve algo a dizer, mas nunca teve o microfone.
Mais do que assessora de imprensa, ela é estrategista, curadora de narrativas e uma das responsáveis por levar o funk — com toda a sua força, complexidade e beleza — das vielas às vitrines da mídia brasileira e internacional.
E, como ela mesma afirma, ainda há muitas histórias para contar. Ewellin está pronta para escrevê-las.
Instagram: @ewellintavares
Diretora de Comunicação da GR6 Explode
26 anos de carreira na comunicação estratégica da cultura periférica e urbana
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