Ivete Sangalo, Fátima Bernardes, Karina Bacchi, Bianca Rinaldi e Carolina Ferraz estão entre as brasileiras que recorreram à reprodução assistida para realizar o sonho da maternidade. Esses relatos trouxeram visibilidade ao tema e mostraram que os avanços da ciência têm ajudado mulheres em diferentes fases da vida a superar desafios ligados à fertilidade.
Os avanços da reprodução assistida têm transformado a forma como muitas famílias realizam o sonho da maternidade e da paternidade. Entre as técnicas mais procuradas está a fertilização in vitro (FIV), que oferece esperança a mulheres e casais que enfrentam dificuldades para engravidar. A ciência tem se mostrado uma aliada importante inclusive em fases mais maduras da vida, permitindo que cada vez mais pessoas alcancem o desejo de ter filhos.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre reprodução assistida, o especialista Dr. Alessandro Schuffner, médico referência em medicina reprodutiva, responde às questões mais frequentes.
Quais são os métodos de reprodução assistida mais utilizados atualmente e para quais casos cada um é indicado?
De acordo com o Dr. Schuffner:
“A inseminação intrauterina é indicada para casais mais jovens, sem fatores masculinos graves e infertilidade sem causa aparente. Já a fertilização in vitro é o método mais utilizado, pois abrange uma gama maior de situações: endometriose, alterações moderadas de espermatozoides, ausência de gametas após vasectomia ou laqueadura tubária. Esses casos se beneficiam muito da técnica.”
Como a idade da mulher e do homem influencia as chances de sucesso nos tratamentos?
O impacto é maior para a mulher, explica o especialista:
“A partir dos 35 anos, a mulher passa a ter queda na quantidade de óvulos, e após os 38, a qualidade também se reduz, aumentando os riscos de alterações cromossômicas, como a síndrome de Down. Já no homem, embora a idade pese mais tarde, após os 50 anos há indícios de aumento do risco de autismo nos filhos. Por isso, a idade é um fator determinante para o sucesso do tratamento.”
Quais exames e avaliações iniciais são essenciais antes de iniciar um tratamento?
Segundo o médico, é importante avaliar o casal como um todo:
“O homem deve realizar um espermograma e, em alguns casos, exames mais avançados como fragmentação do DNA espermático. A mulher precisa de dosagens hormonais, ultrassom para contagem de folículos, avaliação das trompas e mapeamento de endometriose, quando necessário. Esses exames ajudam a direcionar a estratégia e personalizar o tratamento.”
Quais são os riscos, efeitos colaterais ou complicações mais comuns durante os procedimentos?
Os riscos existem, mas hoje estão muito mais controlados:
“No passado havia maior preocupação com complicações graves, como hiperestímulo ovariano. Atualmente, com novos protocolos, conseguimos evitar grande parte desses problemas. Os efeitos mais comuns são temporários: dores de cabeça, sensibilidade mamária, alterações de humor, inchaço e sensação semelhante à TPM prolongada. Em procedimentos como a aspiração folicular, pode haver raros casos de sangramento ou perfuração, mas são complicações incomuns.”
Quais hábitos de vida e cuidados podem aumentar as chances de sucesso?
O estilo de vida é fundamental, afirma o especialista:
“Cuidar da saúde geral melhora a saúde reprodutiva. Isso inclui evitar álcool e tabaco, reduzir cafeína, manter uma dieta equilibrada, praticar atividade física regular e controlar o estresse. O que é bom para o coração e para o cérebro também é bom para o ovário e para os testículos. O bom senso e a disciplina do casal fazem diferença no sucesso do tratamento.”

Sobre o especialista
Dr. Alessandro Schuffner – Médico Especialista em Reprodução Assistida
Referência nacional em medicina reprodutiva, Diretor da Conceber e formado internacionalmente no renomado Jones Institute (EUA). Mestre em Medicina Interna, especialista em laparoscopia e reprodução assistida, com pesquisas reconhecidas sobre a qualidade dos espermatozoides. Há mais de duas décadas dedica-se a transformar sonhos em realidade, unindo ciência, experiência clínica e publicações científicas.
Contato: @dralessandroschuffner
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