Para o psicanalista, as religiões são a grande causa do adoecimento psíquico da população
Felipe Chaves já tem uma longa trajetória de estudos da psique humana, sobretudo no que tange a sua relação com o mundo físico. O psicanalista sempre se interessou pelo assunto e quando tinha apenas 14 anos já se destacava em seus conhecimentos sobre o tema, chegando a ser entrevistado por grandes programas de televisão.
Ao longo dos anos, Felipe se aprofundou em seu campo de interesse e tornou-se psicanalista, profissão que exerce hoje. Depois de anos de estudo e formulação de suas conclusões, resolveu escrever livros que expressam os seus estudos e buscam solucionar questões controversas da sociedade ocidental contemporânea.
O primeiro deles foi “Doenças oriundas da Religião”. Nesta obra, o psicanalista defende, basicamente, que para o bem da sociedade as religiões deveriam acabar. Isso deve-se ao fato de que segundo o autor, elas são as responsáveis por gerar preconceito e violência.
De acordo com Felipe, as religiões são mantenedoras das bases morais sociais. Quando essas bases são questionadas ou afrontadas, a reação é o preconceito e a violência. O estudioso destaca ainda que as religiões são causadoras do adoecimento psíquico da população, que se apega a esses valores doutrinários como verdade absoluta.
Já em sua mais recente obra, “O Fim das Religiões”, o autor busca municiar governantes de estratégias e métodos para lidar com os problemas sociais descritos em seu primeiro livro. Nesta obra, Felipe orienta o modo de agir dos governantes a fim de mitigar as religiões e seus efeitos sociais.
De acordo com o psicanalista, “estudos contínuos de diversos países mostram que, conforme aumentam os números de religiosos, aumenta também a violência.”, relata.
Segundo ele, o impacto social das religiões pode aumentar a violência, uma vez que quanto mais religiosos um determinado país ou território possui, mais proeminente são os valores cristãos seguidos pela população daquela região, o que, consequentemente, gera preconceito e intolerância com as diferenças.
O próprio autor já foi vítima deste fundamentalismo religioso. Por defender a ideia de que as religiões não deveriam existir, o combate ao preconceito e o fim dos valores sociais ligados à religiosidades, Felipe sofre perseguições constantes que o levaram a mudar-se para Buenos Aires, na Argentina.