O cantor Milton Nascimento, de 83 anos, ainda não foi informado sobre a morte de seu grande amigo e parceiro musical Lô Borges. A decisão de adiar a notícia partiu de seu filho, Augusto Nascimento, que optou por protegê-lo de fortes emoções devido ao delicado estado de saúde do veterano da MPB, diagnosticado com demência e doença de Parkinson.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Augusto explicou que pretende contar o ocorrido neste sábado, dia 8, na presença de um médico. “É uma coisa que vai abalar ele profundamente. O Lô era como o irmão caçula dele. Então, eu e o médico escolhemos, pelo momento que estamos passando, contarmos juntos para ele [Milton], porque se tiver alguma intercorrência, ele estará assistido e seguro”, declarou.
O filho de Milton também destacou o vínculo afetuoso entre os dois artistas, que mantinham uma amizade de mais de cinco décadas. “O Lô tinha um respeito, um carinho e uma fidelidade que poucos amigos tiveram com meu pai ao longo da vida. Ele me mandava mensagens aleatórias do nada, falando que amava muito meu pai, que estava com saudade”, completou Augusto.
Milton Nascimento e Lô Borges marcaram a história da música brasileira ao fundarem juntos o lendário Clube da Esquina, movimento que revolucionou a MPB nas décadas de 1970 e 1980. Lô faleceu no último domingo, dia 2, aos 73 anos, em um hospital de Belo Horizonte (MG), após mais de 15 dias internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Logo após o anúncio do falecimento, a equipe de Milton publicou uma homenagem emocionante ao amigo nas redes sociais. “Lô Borges foi – e sempre será – uma das pessoas mais importantes da vida e obra de Milton Nascimento. Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo: o Clube da Esquina.
Lô nos deixará um vazio e uma saudade enormes, e o Brasil perde um de seus artistas mais geniais, inventivos e únicos. Desejamos muito amor e força à família Borges, a qual acolheu Bituca em sua chegada a Belo Horizonte, lá nos anos 60 e, principalmente, ao seu filho Luca. Descanse em paz, Lô”, escreveu a equipe.
A morte de Lô Borges representa não apenas a perda de um ícone da MPB, mas também o fim de uma das mais belas parcerias musicais e pessoais da história da música brasileira.
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