Se existe alguém que conseguiu transformar um simples biscoito em sinônimo de identidade, afeto e resistência cultural, esse alguém é Flávia Vandriane. Diretamente de Delmiro Gouveia, em Alagoas, a empresária e criadora da marca Maná tornou sua história muito maior que uma linha de produtos: hoje, ela é símbolo de força feminina e de como o sertão pode, sim, ser palco de arte, empreendedorismo e tradição.
Do forno para a vida
O começo foi longe dos holofotes, em uma cozinha simples, com receitas herdadas da família e muito improviso. Ao lado do marido, Jessé Onofre, Flávia transformou a receita caseira em uma aventura de fé, coragem e ousadia. “Era quase um chamado, como se os biscoitos já estivessem prontos dentro de mim. Eu só precisei dar forma a eles”, relembra.
O detalhe é que a trajetória não foi nada fácil: o casal chegou a quebrar e recomeçar do zero. Mas a cada fornada, a cada nova embalagem, havia também uma certeza: o sabor sertanejo precisava atravessar fronteiras.

O palco do sertão
Hoje, a Maná não é apenas uma marca: é um espetáculo de identidade cultural. Os biscoitos estão presentes em mesas de famílias que encontram neles mais que um alimento — encontram memória afetiva, pertencimento e tradição.
“Quando vejo nossos biscoitos em lugares que nunca imaginei, entendo que não vendemos só um produto. Entrego um pedaço de mim, da minha história e do sertão inteiro”, diz Flávia, emocionada.

Mulher, sertão e protagonismo
Se o desafio de empreender já é imenso no Brasil, ser mulher no sertão elevou a jornada de Flávia a outro nível. Ela precisou quebrar barreiras e provar inúmeras vezes que a sensibilidade feminina também é sinônimo de liderança e inovação. “Já me chamaram apenas de ‘a esposa do dono’, mas nunca me deixei abalar. Eu sempre soube que meu lugar era à frente, tomando decisões”, revela.
Com sua história, Flávia inspira outras mulheres a enxergarem no empreendedorismo não só uma saída econômica, mas também uma forma de protagonizar suas próprias narrativas.
Do sertão para o Brasil
Agora, os planos de Flávia são ainda mais ousados: levar a marca para todo o país sem abrir mão da essência. “Quero crescer, sim, mas mantendo aquilo que nos trouxe até aqui: honestidade, fé e tradição”, afirma.
Assim, a receita caseira que nasceu no coração de Delmiro Gouveia hoje ganha o status de legado artístico e cultural. Flávia Vandriane não é apenas empresária — é a intérprete de uma história de resistência e poesia sertaneja, que ecoa muito além das embalagens da Maná.
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