Gabriela Camisotti volta a estrelar Grease em São Paulo

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Linda e para lá de talentosa, a atriz Gabriela Camisotti, acabou de assinar contrato para a nova temporada do musical Grease, que estreia em janeiro em São Paulo. Aclamada pela crítica como uma das melhores atrizes do gênero, a bela também fechou contrato com o canal Canal Disney+.

– Como vc começou na profissão?

Comecei bem pequenininha, com 4 anos eu já fazia eventos e desfiles em shoppings. Eu desfilava e cantava nesses eventos, era sempre muito divertido. Meu primeiro trabalho grande em musical foi com 9 anos, o musical “O Rei e Eu” no Teatro Alfa

– Quando vc soube que queria ser atriz de musical?

Acho que desde de pequena eu gostava muito das 3 áreas, canto, dança e interpretação. Além de ter minha mãe (Ciça Simões) como uma referência muito forte pra mim quando eu acompanhava ela nos backstages dos musicais que ela fazia, eu lembro muito de assistir filmes musicais bem antigos com meu avô. Eu via Ginger Rogers, Fred Astaire, Bing Crosby em filmes como “O Picollino”, “ Marujos do Amor” e eu ficava fissurada em todos eles, tinha muita vontade de estar no lugar deles. Esse sonho foi crescendo, eu fui estudando e quando eu me formei na escoa, fiz a escolha e me joguei no mercado.

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– E a sua família quando soube o que achou?

Minha família sempre me apoiou muito. A minha mãe já era do mercado artístico desde sempre e meu pai sempre me incentivou a fazer aquilo que eu amo e me proporcionou estudos maravilhoso. Acho que eles já meio que imaginavam hahaha

– Vc via os musicais na tv?

Eu assistia sim. Principalmente os dvds do meu avô. Eu lembro de sair da escola e ir direto pra casa dele almoçar lá (porque era perto da escola) e sempre que eu ia la, a gente assistia um filme diferente. Era como uma tradição.

– Chegou a ir na Broadway? Como foi?

Siiim!! Já tive a oportunidade de ir na Broadway. Foi extremamente mágico ver aquela lugar que eu tanto ouvia falar se tornando real na minha frente! Eu olhava todas aquelas luzes e paineis da Times Square e eram tantos estímulos que eu ficava até zonza hahahhaha. Eu na fui la 4 vezes já. A primeira vez meus pais estavam lá já e foram sem mim. Era feriado no Brasil e eles ainda estavam la, ai eu pesquisei passagens, fiz todo um esquema pra ir encontrar eles e viajar sozinha! Dito e feito, viajei com 11 anos sozinha e foi a primeira que fui pra lá. Sempre que eu fui, eu fiz alguma aula ou curso, são sempre muito incríveis.

– E a experiência em Grease como foi?

Grease foi um divisor de águas pra mim, tanto na carreira quanto no pessoal. Foi um super desafio interpretar uma personagem tão icônica e com uma referência muito presente na memória das pessoas. Foi uma delícia dar vida a essa personagem e mesclar muita da minha visão com a as referências que eu vi. Eu adoro o Grease e a peça é muito divertido de fazer. O elenco é incrível e nossa equipe sempre nos deu muita liberdade pra criar.

– Vc achou que ia ser o sucesso que foi?

Eu sabia que era um título bem conhecido mas não imaginava que teriam tantas sessões praticamente lotadas. Tinham pessoas que foram assistir mais de 3 vezes e sempre gostavam de falar com a gente no final. Sempre que eu saia pra depois da sessão eu escutava alguma história super emocionante contando de como o filme vez parte da adolescência daquela pessoa e como foi significativo visitar essa memória afetiva. Eu sempre me emocionava junto!

– E esse retorno, o que a personagem significa para você e para sua carreira?

Eu estou muito animada pra voltar pra personagem. Esse tempo que eu fiquei “longe” deu pra internalizar muita coisa do processo de criação. Depois de conversar bastante com pessoas que me assistiram e que sempre me instruiram, eu pude pensar em escolhas que talvez fazem mais sentido pra mim hoje. Deu tempo de amadurecer e transformar.

– Qual o conselho para quem quer começar a atuar nesse mercado de teatro musical ?

Muito estudo e resiliência. A gente tem que ta sempre pronto quando a oportunidade aparece na nossa vida, ter paciência pra esperar sua hora e resiliência pra não desistir. Nessa profissão se recebe muuuuitos não’s e por muitas vezes é difícil lidar com essa frustração mas é entender que faz parte e dar sempre seu melhor. Procurar sempre focar no seu e fugir de comparações. Cada um tem seu processo e sua arte e isso nos torna únicos. Eu gosto muito de sempre ter alguma atividade que me conecte com meu eu artista criador como escrever ou colocar uma musica bem alta e deixar o corpo falar…. Claro, além das aulas e estudos técnicos que são essenciais.

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