Ginecomastia na adolescência: O papel dos pais no apoio e superação dos jovens

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Dr. Wendell Uguetto, referência nacional e internacional no procedimento, esclarece as causas, impactos emocionais e opções de tratamento para a ginecomastia infantil, uma condição que afeta a autoestima e o bem-estar dos adolescentes

A ginecomastia, caracterizada pelo aumento do tecido mamário em meninos, é um tema sensível que impacta até 60% dos adolescentes, de acordo com o Dr. Wendell Uguetto, especialista em ginecomastia e um dos maiores cirurgiões plásticos do país. A condição pode desencadear uma série de mudanças emocionais e sociais, afetando o convívio e a autoestima dos jovens. “É importante que os pais estejam atentos ao diagnóstico e aos sinais da ginecomastia. Cerca de 90% dos casos acontecem na adolescência, e o apoio familiar é essencial para lidar com as alterações psicológicas que podem surgir”, afirma o médico, que é membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein (SP).

A ginecomastia ocorre principalmente durante a puberdade, quando os níveis hormonais ficam desregulados, resultando no aumento das mamas. Esse desbalanceamento é natural da adolescência, mas quando persiste, pode afetar o desenvolvimento social e a saúde emocional do jovem. O Dr. Wendell destaca que cerca de 70% dos meninos desenvolvem algum grau de ginecomastia durante essa fase, e o problema é mais frequente em adolescentes com sobrepeso, o que aumenta as chances de a condição se estender até a vida adulta.

Os impactos emocionais da ginecomastia são significativos. Muitos adolescentes evitam atividades sociais, recusam-se a participar de esportes e preferem esconder o corpo com roupas largas, mesmo em dias quentes. O médico explica que, em casos extremos, a condição leva ao isolamento e até ao desenvolvimento de ideações suicidas. “Há casos de meninos que evitam contato social, enfrentam bullying na escola e se tornam introspectivos. Nesses casos, a intervenção se torna essencial para proteger o bem-estar psicológico”.

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Dr. Wendell Uguetto

O tratamento da ginecomastia pode variar conforme a gravidade e a duração do quadro. Em casos mais recentes, o uso de medicamentos pode ser eficaz, mas para quadros persistentes, a cirurgia é indicada. O Dr. Uguetto desenvolveu uma técnica minimamente invasiva para tratar o problema, que envolve a remoção da glândula por uma pequena incisão, permitindo uma recuperação rápida. “Em adolescentes com ginecomastia mais persistente, a cirurgia permite uma recuperação em 15 a 20 dias, com retorno às atividades físicas sem maiores limitações”, explica.

A orientação para os pais é de observação constante e diálogo aberto. Em muitos casos, a ginecomastia pode regredir naturalmente com o tempo, mas em situações de sofrimento emocional, a intervenção médica se faz necessária. “O ideal é esperar o adolescente atingir uma idade mais madura, mas em casos de impacto emocional grave, a cirurgia pode ser realizada em jovens a partir de 11 anos”, finaliza o Dr. Uguetto.

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