Guilherme Roméro, especialista em mercado imobiliário

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O mercado imobiliário no Brasil passou por transformações significativas nos últimos anos. Expansão nas Vendas de Imóveis: Segundo dados da ABRAINC-FIPE (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias/Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), as vendas de imóveis aumentaram 14,4% nos primeiros sete meses de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior . Esse crescimento é um indicador positivo para o setor.

Durante grande parte de 2022 e 2023, a taxa Selic permaneceu em níveis elevados, impactando os custos dos financiamentos imobiliários. No entanto, com a diminuição das taxas de juros pelo Banco Central, os custos tendem a baixar, favorecendo aqueles que desejam adquirir um imóvel .Estabilização da Demanda: A demanda por imóveis se estabilizou, criando um ambiente favorável para compradores. A combinação de juros mais baixos e uma demanda equilibrada torna o ano de 2024 propício para investimentos no setor.

Em uma revolução digital sem precedentes, a Indústria 4.0 está remodelando o mercado imobiliário, oferecendo oportunidades e transformando a forma como compramos e vendemos propriedades. Vamos explorar as principais tendências que estão moldando esse setor: Aumento da Presença Online: Através da Internet das Coisas (IoT), empresas imobiliárias podem alcançar um público global, promovendo empreendimentos em qualquer lugar do mundo.

Isso facilita a busca por imóveis e agiliza o processo de compra e venda.Gestão de Relacionamento com o Cliente: A tecnologia permite uma abordagem mais completa na interação com os clientes. Ferramentas de CRM (Customer Relationship Management) ajudam a manter relacionamentos sólidos e personalizados. Explorando IoT e IA: A Indústria 4.0 aproveita o poder da IoT e da Inteligência Artificial (IA).

Para entendermos melhor essas mudanças no mercado imobiliário convidamos para uma entrevista exclusiva ao colunista, Guilherme Roméro, empreendedor com 14 anos de experiência no mercado imobiliário e responsável pelo lançamento de mais de 150 empreendimentos, compartilhou sua visão sobre as transformações que vêm ocorrendo no setor.

Qual a sua visão do mercado imobiliário atual?

O mercado mudou muito em pouco tempo, principalmente por conta dos impactos da pandemia. O cliente, antes de 2020, comprava de um jeito, e hoje, deseja e quer outras coisas. A qualidade de vida é um dos aspectos altamente levados em conta atualmente, principalmente se levarmos em conta que 32% das empresas ainda atuam em formato Home Office e mais de 50% em formato híbrido. As necessidades mudam, o mercado e oferta precisa mudar junto.

Pensando no consumidor final, mudou também o comportamento?

Essa, para mim, foi a maior mudança. Quando comecei no mercado em 2010, as redes sociais eram insipientes e o acesso a internet de qualidade era ínfimo perto dos números atuais, e, no fim do dia, o cliente tinha pouco acesso à informação. Hoje são 2 aparelhos móveis por habitante no país, ou seja, o cliente chega para comprar cheio de informações! Ele conhece as leis, os concorrentes, as condições de compras, a reputação da empresa e muito mais. A cada dia que passa, o corretor, consultor ou vendedor, do segmento que for, precisa ser mais capacitado e especialista, pois o cliente chega preparado.

Pensando em tecnologia, quais as principais mudanças do segmento?

Já houveram muitas mudanças.Na loteadora que fui fundador e sócio majoritário até 2023, fazíamos contratos físicos, de papel, reconhecimento de firma e tínhamos aqueles arquivos gigantescos de contratos. Hoje, 100% das assinaturas que fazemos de compromissos de compra e venda e de escrituras, são digitais. Ou seja, zero burocracia, arquivos em nuvem e não há necessidade de deslocamento de pessoas. Outra grande mudança foi a origem do cliente. Em 2017, nossa pesquisa de compra aplicada a quem compra lotes com a gente, apenas 8% dos clientes vinham ao plantão de vendas pelas redes sociais. Em 2024, esse número já passa de 80%. Ou seja, as mídias offline perderam importância de forma maciça. É preciso se adaptar e ter presença no digital.

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E pensando em perfil de compra futuro, o que você acha que está por vir?

Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares, Rs, mas, fazendo uma análise objetiva, as famílias, que eram formadas por 3,6 pessoas por lar, estão hoje próximas a 3. E a tendência é de queda. Em famílias menores e/ou com composições familiares diferentes, a tendência é do desejo de imóveis menores, mais compactos, tecnológicos e práticos. Pouquíssimos clientes querem casas grandes com muitos quartos, isso passou a ser custo e dinheiro jogado fora. Vejo 2 grandes tendências: os produtos pequenos com serviços completos, que possibilitem a interação dos seus moradores e o consumo pay-per-use, e também condomínios fechados de lotes pequenos, fazendo com que os moradores saiam do lote atual que possuem em bairros e venham para a estrutura fechada, com lazer completo, previsibilidade de vizinhança e segurança.

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