Jovens se escondem atrás de máscaras , aponta psicóloga

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As sequelas sociais deixadas pelo período rigoroso de isolamento para conter a COVID-19 têm refletido principalmente nos adolescentes. Atualmente, muitos jovens têm optado manter o uso de máscaras, mesmo que não seja mais obrigatório, com o objetivo de esconder seus rostos. O motivo: inseguranças relacionadas diretamente à autoestima.

Tentando passar despercebidos por não se acharem dentro dos padrões de beleza estabelecidos, muitos adolescentes acabam sofrendo até mesmo bullying nas escolas por não conseguir se livrar tão facilmente do acessório. A explicação para essa resistência em abrir mão do uso de máscaras até hoje está relacionada à fragilidade e à dependência de aprovação alheia.

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“A reação de alguns jovens, ao se sentirem inadequados, é a fuga. Não podendo se esconder no casulo de seus quartos, por trás dos computadores e da tela do celular, o jovem do pós pandemia se esconde por detrás da máscara. Jovens ainda estão em fase de construção de sua própria identidade, de formarem uma ideia sobre o que são, no que acreditam e a que grupo pertencem. Como seres em formação, ainda são frágeis e dependem muito da aprovação alheia para gostar de si mesmos. Neste caldeirão de emoções nasce a sua autoestima, muito dependente ainda do olhar do outro”, explica a psicóloga Maria Rafart.

“É o outro real ou imaginário, quem diz ao jovem quem ele é, e por isso a sua aparência física tem tão grande pontuação na constituição de sua autoestima. Mesmo sem falar nada diretamente, o “outro” está nas redes sociais, está nos corpos perfeitos e dentes alinhados, está na pele impecável e sem espinhas, está nas marcas de roupas e na demonstração de status”, completa a especialista, que ainda deixa um conselho aos adolescentes que enfrentam diariamente problemas com sua autoestima.

“Saber ser dono de seu próprio conhecimento, artífice do próprio caminho, é uma tarefa árdua para quem tem a autoestima rebaixada. Há muitos valores mais importantes do que a aparência, mas esta lição pode ser dolorosa. Famílias acolhedoras percebem esta dor e valorizam atitudes, não aparência, numa construção que dura anos”, finaliza Maria Rafart.

 

Crédito divulgação

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