Em um cenário cada vez mais orientado por dados, a jurimetria surge como uma poderosa aliada do Direito. A técnica, que consiste na aplicação de métodos estatísticos e inteligência artificial à análise de decisões judiciais, está transformando a maneira como advogados, juízes e empresas interpretam e preveem os desdobramentos de ações judiciais.
Com a digitalização de processos e o avanço da tecnologia nos tribunais, escritórios de advocacia têm investido pesado em plataformas de jurimetria para identificar padrões de decisões, tempo médio de tramitação e até o perfil de julgadores. A prática promete tornar o sistema mais previsível e estratégico, reduzindo riscos e otimizando decisões jurídicas.
Por outro lado, especialistas alertam para os limites éticos e técnicos do uso excessivo da estatística no campo jurídico. “A jurimetria não substitui a interpretação humana nem o princípio da individualização do caso concreto”, explica o jurista e professor Carlos Vasconcellos. Ele ressalta que há um risco de desumanização da justiça, caso os números passem a pesar mais que os contextos.
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Apesar dos desafios, o movimento é irreversível. Tribunais como o TJSP e o STJ já trabalham com ferramentas de análise preditiva para auxiliar na gestão de processos e produtividade. E com a chegada da inteligência artificial generativa ao meio jurídico, a tendência é que a jurimetria se torne parte integrante da rotina forense brasileira.
Por Oscar Silvestre Filho e Ariadne Hamanovik Quio
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