Ney Matogrosso voltou a falar sobre o impacto de sua saída do Secos e Molhados, grupo que marcou a década de 70 e encerrou atividades em 1974. Em entrevista ao podcast “Só se for Agora”, comandado por Jorge Perlingeiro, o cantor detalhou os conflitos internos, os problemas financeiros e como decidiu seguir em carreira solo.
Segundo o artista, a principal causa para a dissolução da banda, que lançou apenas dois discos, foi a divisão de lucros. “Nosso acerto inicial era dividir igualmente entre os três. Isso no tempo do romantismo, né? Mas quando a coisa começou a dar certo, não foi isso”, afirmou.
Ney revelou que chegou a pedir um pagamento maior por ser o rosto mais exposto do grupo. “Eu disse: ‘Então me paguem um pouquinho mais, porque sou eu que fico ali pelado me requebrando’. Quando negaram, decidi sair. Disse: ‘Sigam a vida de vocês, eu sigo a minha’”, relembrou.
O cantor também contou que os integrantes tentaram substituí-lo após sua saída. “Prendiam um rapaz em um quarto me ouvindo para tentar cantar igual a mim. Parecia, mas não era eu”, disse. Segundo ele, mesmo quando as pessoas elogiavam o novo vocalista, ficava claro que não era sua arte: “Diziam: ‘Adoro sua música nova!’. Eu respondia: ‘Não é minha! Não sou eu!’”.
Durante a conversa, Ney comentou ainda sobre a estética do Secos e Molhados e as comparações com a banda americana Kiss. O cantor explicou que sua inspiração veio do Teatro Kabuki, em São Paulo, e não de grupos internacionais. “Eu morava na Liberdade e via o Kabuki. Pensei: ‘Eles não têm rosto, interessante’. Foi daí que nasceu a ideia. Não copiei ninguém”, garantiu.

A identidade visual criada por ele marcou a trajetória do grupo e ajudou a consolidar sua imagem artística nos anos seguintes. Para Ney, sua saída não representou apenas o fim de uma etapa, mas a conquista da liberdade criativa que viria a definir sua carreira solo.
A história do artista e da banda será tema do desfile da Imperatriz Leopoldinense no Carnaval 2026, celebrando o legado de Ney Matogrosso e o impacto cultural do Secos e Molhados na música brasileira.
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