A trajetória da economia brasileira tem sido marcada por períodos de instabilidade, e a taxa Selic de 14,25% ao ano figura como um dos principais fatores determinantes de impactos adversos.
Historicamente, esse índice elevado já esteve presente em momentos críticos, como no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, quando a conjuntura econômica se deteriorou significativamente, resultando em retração do PIB, aumento do desemprego e ampliação dos índices de pobreza.
Para especialistas como Oscar Silvestre Filho, economista e analista de mercado, o custo excessivo do crédito inviabiliza investimentos produtivos e restringe o consumo das famílias, gerando um ciclo vicioso de desaceleração econômica. Empresas enfrentam dificuldades para financiar suas operações, comprometendo a geração de empregos e a competitividade do setor produtivo.
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Enquanto isso, como destaca a consultora financeira Ariadne Hamanovik, os grandes investidores financeiros se beneficiam de um ambiente de especulação, ampliando a desigualdade e enfraquecendo o potencial de crescimento sustentável do país. Segundo ela, a política monetária deve ser ajustada para favorecer um equilíbrio entre controle da inflação e estímulo ao crescimento.
Já o advogado Gustavo Cotomacci ressalta que a política econômica precisa ser conduzida com cautela, evitando os erros do passado. Para ele, a manutenção de juros excessivamente elevados pode reproduzir efeitos devastadores semelhantes aos de 2016, tornando-se um entrave ao desenvolvimento econômico e à expansão dos negócios.
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O Brasil necessita de um modelo de governança econômica mais equilibrado, que viabilize o crescimento sem comprometer a estabilidade financeira e que promova um ambiente favorável tanto para investidores quanto para o setor produtivo e a população em geral.
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